62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 1. Antropologia - 3. Antropologia das Populações Afro-Brasileiras
AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS NA CIDADE DE ZÉ DOCA-MARANHÃO
GERSON CARLOS PEREIRA LINDOSO 1
ANA LUISA MAFRA DOS SANTOS 1
1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO/IFMA
INTRODUÇÃO:
As religiões afro-brasileiras podem ser categorizadas como sobrevivências culturais africanas na diáspora, a partir de todo um conjunto de tradições, costumes, ensinamentos e fé em um culto a divindades espirituais transplantado para nosso país. Temos como aspecto caracterizador dessas religiões a sua diversidade e identidades próprias estribado em alguns pontos relevantes (nação, língua, vestimentas, entidades espirituais, etc.). No Maranhão isso também não é diferente e temos algumas vertentes afro-religiosas importantes, como a Umbanda, o Candomblé, o Tambor de Mina, a Pajelança/ Cura como matrizes que se destacam mais.
METODOLOGIA:
Os métodos investigativos da pesquisa estão alicerçados na observação-participante das festas ou toques para reverenciar as entidades, pesquisa bibliográfica em material específico da área antropológica e cultural; conversas em forma de entrevistas, diálogos informais e registros fotográficos.
RESULTADOS:
Em Zé Doca, município brasileiro do Estado do Maranhão localizado na microrregião de Pindaré na mesorregião do oeste maranhense sendo fundado em 1988, tivemos contatos iniciais ainda no ano de 2009, com alguns representantes religiosos e identificamos até o momento a Umbanda como matriz afro religiosa importante nessa área e estamos concentrando atenções nela. A princípio percebemos que há inúmeras casas de religião afro na cidade, principalmente quando visitamos os bairros mais periféricos ou mais distantes do Centro: Vila Nova, Vila Barroso, Vila do Beck, etc. O nosso trabalho tem como objetivo geral fazer uma análise antropológica sobre as religiões de matriz africana em Zé Doca-Maranhão, observando como elas são definidas e categorizadas e os seus principais representantes. Alguns dos líderes afro-religiosos mais citados na cidade são Cândido Preto, Dona Joana, Carreá, entre outros.
CONCLUSÃO:
A princípio notamos acentuada resistência ou mesmo preconceito da sociedade zedoquense em relação as religiões afro na cidade, entretanto, há uma considerável presença de casas ou terreiros fora do âmbito central de Zé Doca sustentados por pessoas humildes e compromissadas com a perpetuação dos conhecimentos afro e de suas culturas.
Instituição de Fomento: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO/IFMA CAMPUS ZÉ DOCA
Palavras-chave: Religiões Afro-Zedoquenses, Umbanda, Pajelança, Tambor de Mina, Preconceito e discriminação afro-religiosa.