62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil
AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ADRIANA DINIZ FREIRE DE MELO 1
1. UEI-UFRN
INTRODUÇÃO:

Sabemos que na nossa realidade atual de vida nos deparamos com um fator principal e questionador, o tempo, este dimensionado e mensurado a todo instante por nós em tudo o que fazemos, tempo para acordar, dormir, trabalhar ir ao médico enfim poderíamos até dizer o tempo e suas sugestões, pois de fato ele que nos comanda e nos direciona ou não, o que podemos e devemos fazer.

E quando isso está vinculado à educação dos nossos filhos, o que deveríamos fazer? No entanto devemos equacioná-lo, saber que a afetividade é fundamental ao desenvolvimento das crianças enquanto cidadãos em formação; no dimensionamento do tempo devemos lembrar que diante de toda a situação do dia-a-dia que nos sufoca antes de tudo a família e a escola são responsáveis diretamentos pelo equilíbrio afetivo da criança.

METODOLOGIA:
  • Identificar a importância do tempo divisível para a educação das crianças.
  • Mostrar a real necessidade da participação diária dos pais do dia-a-dia das crianças.
  • Dimensionar a interligação do equilíbrio afetivo para um bem estar psicológico.
RESULTADOS:

Diante desta situação de equilíbrio afetivo que se trata do bem estar psicológico de nossas crianças é que poderíamos equacionar o nosso tempo para podermos nos dedicar um pouco a cada dia a nossos filhos, podendo ser até mesmo uma rápida conversa nos intervalos das refeições, um telefonema ou mesmo na hora de dormir uma breve conversa ou um simples beijo ou olhar, tudo isso traduz de uma forma real o que podemos dizer em um verdadeiro equilíbrio afetivo na educação. A preocupação com o desenvolvimento emocional das crianças já pode ser encontrada em muitas práticas, na pedagogia Freinet, nas idéias sobre a construção da cidadania e em diversos autores influenciados pelos pensamentos de Freud e do movimento psicanalítico. Isso nos faz perceber que, menos que uma idéia original e uma teoria rigorosa, a "inteligência emocional" é uma boa fórmula, que foi capaz de dar voz a uma grande insatisfação contra a educação excessivamente intelectual e árida.A influência dessa teoria sobre a educação é totalmente positiva, pois chama a atenção para o fato de que as escolas não devem se preocupar apenas com a inteligência de cada aluno, mas também com o desenvolvimento de sua capacidade de se relacionar bem com os outros e consigo mesmo.A maneira como deve-se haver trocas permeia o sentido ideológico contendo um fundo apropriadamente emocional na complexidade das relações múltiplas interacionistas.

Partindo do quesito comportamento, frente da situação emocional foi que surgiu esta necessidade de desenvolver um trabalho interligando a perspectiva afetiva em todo o seu âmbito, até mesmo voltado a questão da aprendizagem propriamente e suas dificuldades.

Comportamento esta palavra instiga a refletir sobre vários quesitos próprio da vivência do individuo, e sobretudo na forma como se estabelece determinadas maneiras

padronizadas de se viver, pode-se afirmar que o comportamento em sua complexidade é totalmente moldado pelo meio social ao qual  o individuo está inserido , não existindo forma adversa a esta situação.

Toda ação tem uma reação com afirma a ciência natural, no entanto o individuo sendo produto do meio interacional  no qual se insere deve responder de uma forma bem hábil a todos os estímulos do seu meio.

 

Já falar em emoção é falar em afeto  ou melhor em reações fisiológicas do organismo. A pedagogia das relações podemos dizer que é a chave mestra a um novo sentido das emoções, onde através da mesma busca-se trocas constantes de idéias, crenças e vezes valores já definidos ou pré -definidos. Quando se cria rotinas escolares repletas de situações em que os alunos trabalham em equipe, discutem regras de vida, falam sobre suas aflições, podem surgir dificuldades emocionais, e a necessidade de negociar com os outros para superá-las pode fazer as crianças evoluírem. Um autor que faz um resgate ou melhor adentra neste tema do ser inteligente emocionalmente é Goleman, no livro inteligência emocional .Em relação à educação, Goleman, e autores influenciados por ele, fala da importância de "educar" as emoções e fazer com que os alunos também se tornem aptos a lidar com frustrações, negociar com outros, reconhecer as próprias angústias e medos, etc.Goleman chega a falar em "alfabetização emocional", como uma espécie de nova matéria, e em "lições emocionais". Mesmo que essa idéia tenha o mérito de chamar a atenção para a necessidade de levar em conta, de forma mais consciente, o desenvolvimento emocional dos alunos, ela merece uma ressalva, na medida em que não se aprendem emoções apenas recebendo lições, mas principalmente negociando-se com os outros. Quando se cria rotinas escolares repletas de situações em que os alunos trabalham em equipe, discutem regras de vida, falam sobre suas aflições, etc, podem surgir dificuldades emocionais, e a necessidade de negociar com os outros para superá-las pode fazer as crianças evoluírem. O termo alfabetização nos reporta a uma situação  de letramento  e decodificação da linguagem escrita , ser alfabetizado nada mais é do que a apropriação de um código lingüístico é estar integralmente ligado as letras do alfabeto e traduzi-las.

 

CONCLUSÃO:

Vemos hoje essa realidade muito distante do conceito de família em nossa sociedade, onde a subsistência é o fator primeiro que nos permeia. Os pais muitas vezes não têm tempo algum para os filhos, distanciando-se do modelo acolhedor da família, tendo como conseqüência às futuras frustrações em relação à carência afetiva da parte destes adultos vindouros. Finalizamos então com o conceito de que o tempo mínimo necessário é o que as nossas crianças precisam para um bom desenvolvimento afetivo e cognitivo tendo como resultado um bem estar  social e psicológico. Deve-se educar para o amor.

Palavras-chave: AFETIVIDADE, EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO AFETIVA.