62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
Teores de SACAROSE E GLICINA-BETAÍNA em Folhas DE PARICÁ Submetida ao Estresse Hídrico
Edna Cristina Viana Palheta 1
Émile Costa Melo 1
Raimundo Thiago Lima da Silva 1
Diego da Paixão Andrade 1
Jackeline Araújo Mota 1
Cândido Ferreira de Oliveira Neto 1, 2
1. Universidade Federal Rural da Amazônia
2. Orientador
INTRODUÇÃO:

A espécie Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke (Paricá), pertencente à família Leguminosae- Caesalpinioideae,é uma árvore de grande porte e rápido crescimento. Ocorre em mata primária e secundária de terra-firme e várzea alta e está distribuída nos estados do Amazonas e Pará. A madeira desta espécie apresenta elevado interesse econômico e tem como principais aplicações caixas, forros, pranchetas, palitos, canoas, aeromodelos, brinquedos e papel. As plantas dependem de certas condições existentes no ambiente em que se desenvolvem como a disponibilidade de luz, nutrientes e água, onde a ausência deste último é o fator que condiciona o déficit hídrico. A baixa disponibilidade de água no solo é considerada umas das principais condições de estresse do ambiente, por ser responsável por várias alterações fisiológicas capazes de influenciar de maneira significativa o crescimento e a sobrevivência das espécies vegetais. O presente trabalho teve por fim, avaliar o efeito do déficit hídrico nos teores de sacarose e glicina-betaína em folhas de paricá.

METODOLOGIA:

O experimento foi realizado em casa de vegetação do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). As mudas de paricá (Schizolobium amazonicum) fornecidas pela AIMEX quando tinham seis meses de idade. Foram acondicionadas em vasos plásticos com capacidade para 15 litros, contendo terra preta com textura arenosa. Antes do inicio dos tratamentos todas as plantas foram colocadas sob sombrite 50%, irrigadas diariamente, recebendo macro e micronutrientes, na forma de solução nutritiva de Hoagland & Arnon. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em fatorial 2 x 4 (condições hídricas x ciclos de estresse) com 5 repetições, totalizando 40 parcelas.  Foram feitas quatro coletas destrutivas (tempos: 0, 4, 8 e 12 dias), sempre às 9:00 h da manhã. Imediatamente após a coleta, as folhas foram congeladas em freezer (- 20 º C), e depois levadas a estufas de circulação de ar forçada a 65 ºC, até a secagem para preparo do pó. A partir deste pó foram analisados os teores de sacarose e glicina betaína. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e comparadas às médias pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância, realizadas através do Sas- institute.

RESULTADOS:

Os resultados mostraram que houve uma diferença significativa entre os tratamentos durante os 12 (doze dias) do experimento. O déficit hídrico, variando entre 17,39 mg de sacarose/ g MS e 36,23 mg sacarose/ g MS, enquanto que nos aminoácidos tiveram um acréscimo de em que a sua variação foi de 12,43 glicina-betaína/ µg MS para 31,17 µg de glicina-betaína/ g MS das plantas controles para as plantas com 12 dias sem irrigação. A síntese de sacarose e a crescente atividade da sacarose-fosfato sintase não são somente umas respostas à seca em plantas resistentes ao estresse hídrico, mas também das plantas que não podem suportar uma seca externa extrema. Outra interessante forma da sacarose proteger as células durante a desidratação é pela formação de estruturas vítreas. Ao invés da cristalização de solutos, pela presença de açúcares, este líquido supersaturado é produzido com propriedades mecânicas de um sólido. Na análise de glicina betaína é requerida para proteger a planta, mantendo o contrapeso da água entre a célula vegetal e o ambiente, estabilizando as macromoléculas. O acúmulo de glicina betaína é associado a uma regulação positiva da expressão do gene para CMO e para BADH concomitantemente, conduzindo assim a uma atividade enzimática elevada quando submetida a qualquer tipo de estresse.

CONCLUSÃO:

A deficiência hídrica promoveu um incremento nos teores de sacarose e glicina-betaína.

 

Instituição de Fomento: Universidade Federal Rural da Amazônia
Palavras-chave: Parica, Sacarose, Glicina-betaína.