62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia |
AVALIAÇÃO DO RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSIVEIS NA INDÚSTRIA: REFLEXÕES PARA ELABORAÇÃO DE METAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR |
Eduardo Rodrigues de Medeiros 1 Fabíola de Araújo Leite Medeiros 2 |
1. CAT-JRF SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA/SESI 2. Departamento de Enfermagem Universidade Estadual da Paraíba/UEPB |
INTRODUÇÃO: |
Nos recentes anos, observou-se um aumento universal significativo na expectativa de vida da população, atribuído principalmente ao controle epidemiológico das doenças infecciosas e a melhora na qualidade de vida de um modo geral. Conseqüentemente, as doenças crônicas não transmissíveis como o diabetes e as doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão arterial tiveram importante aumento de prevalência com grande impacto econômico e social para todo o país. Compreendendo que a grande massa de trabalhadores da indústria engloba pessoas na fase adulta, que necessitam de cuidados específicos com sua saúde, principalmente quando relacionadas à prevenção e controle de doenças crônicas, preconizando o envelhecimento saudável da população futura, tendo em vista a elaboração de metas para garantia da saúde do trabalhador, surge o objetivo do presente trabalho que foi o de estabelecer o perfil sócio-demográfico e de saúde do funcionário de indústrias do município de Campina Grande/PB, para se prever o risco e o controle de doenças crônicas não transmissíveis nessa população. |
METODOLOGIA: |
Este trabalho se refere a um projeto veiculado pelo SESI/CAT João Rique Ferreira, situado |
RESULTADOS: |
Dos 214 funcionários, 180 (84,1%) pertenciam ao gênero masculino e 34 (15,9%) ao feminino. A faixa etária foi entre 15-60 anos, equivalendo-se a um grupo de adultos, tendo a maior prevalência de idade até os 40 anos. Em relação aos fatores de risco para as doenças crônicas, foi observado no grupo analisado que 21 (9,8%) citaram ser ex-tabagistas; 11 (5,1%) são fumantes; 104 (48,6%) são etilistas; 51 (23,8%) afirmaram beber em ocasiões festivas; 154 (72%) são sedentários; 31 (14,6%) apresentaram circunferência abdominal para ambos os gêneros acima dos 95cm; 62 (29,2%) apresentaram Índice de Massa Corpórea (IMC) com classificação para sobrepeso e obesidade. Em relação aos índices laboratoriais foram encontrados 5 funcionários (2,3%) com glicemia duvidosa para Diabetes Mellitus; 43 (20,1%) apresentaram colesterol total acima do desejado para o Ministério da Saúde em relação as dislipidemias e 23 (10,7%) com triglicerídeos acima dos valores desejáveis. |
CONCLUSÃO: |
Esse estudo serviu como meta para os profissionais da equipe de saúde do CATJRF/SESI refletir junto à indústria sobre os fatores de riscos para doenças crônicas não transmissíveis na perspectiva da saúde do trabalhador da indústria. Observou-se pelos resultados obtidos que há uma necessidade de um trabalho mais educativo voltado para qualidade de vida do trabalhador da indústria com vistas a diminuição de agravos crônicos de saúde, no que diz respeito à prevenção de Diabetes Mellitus, Obesidade, Doenças Cardiovasculares e outros distúrbios que tem haver com o sedentarismo, a ingestão inadequada de alimentos, o consumo de álcool, o uso de tabaco e outros fatores de risco associados. Urge, também, a necessidade de mais pesquisas desse tipo tendo em vista a Saúde Pública no geral, no que diz respeito ao controle e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em grupos de trabalhadores. |
Instituição de Fomento: SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA/SESI |
Palavras-chave: Doenças crônicas não transmissíveis, Saúde do trabalhador, Educação em saúde. |