62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
INFLUÊNCIA DO HIPOCLORITO DE SÓDIO NO CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO BACTERIANA EM EXPLANTES DE PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.)
Marciana Bizerra de Morais 1
Sara Caroline Pinto de Almeida 1
Eleneide Pinto Gurgel 1
Maria Jocileide de Medeiros Marinho 1
Kathia Maria Barbosa e Silva 1
Cynthia Cavalcanti de Albuquerque 2
1. Depto.de Ciências Biológicas, Fac.de Ciências Exatas e Naturais - UERN
2. Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Ciências Biológicas - UERN
INTRODUÇÃO:
Diante da expectativa de diminuição das reservas de petróleo e da crescente preocupação com a preservação do meio ambiente, surge o interesse de muitos países na utilização de combustíveis alternativos. O Brasil incentiva a produção de biocombustíveis e vem ocupando posição de destaque nesse setor da economia, além de possuir uma localização geográfica e vocação agrícola que elevam o potencial de produção de biodiesel. Dentre as plantas oleaginosas, o pinhão-manso (Jatropha curcas) merece destaque por se tratar de uma das espécies com elevado potencial na produção de óleo combustível, estimando assim, a necessidade de fundir pesquisas na área. O cultivo in vitro é um método viável para propagação de diversas espécies de plantas, no entanto, um dos maiores problemas no estabelecimento in vitro de espécies lenhosas, está na dificuldade de se obter tecidos livres de contaminação por fungos e bactérias. Nesse sentido, objetivou-se com o presente trabalho, avaliar a influência do hipoclorito de sódio no controle de contaminação bacteriana em explantes de J. curcas.
METODOLOGIA:
Brotos jovens de plantas mantidas em casa-de-vegetação foram conduzidos em condições assépticas ao Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da UERN para a desinfestação, que constituiu-se da lavagem do material com detergente Tween e água. Em câmara de fluxo laminar os explantes (segmentos nodais) foram submersos em álcool a 70% por um minuto; hipoclorito de sódio a 1,5% ou 2,5% em diferentes tempos de imersão: 2,0; 4,0 e 8,0 minutos em ambas as concentrações. O tratamento controle não foi submetido a desinfestação com o hipoclorito. Em seguida, os explantes foram submetidos a três lavagens consecutivas com água destilada esterilizada para retirada do excesso de hipoclorito e inoculados em meio de cultura MS suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 6,5 g L-1 de ágar. Os explantes foram mantidos em sala de crescimento. O delineamento estatístico, foi inteiramente casualizado com 7 tratamentos, sendo um deles o controle. Cada tratamento conteve 5 repetições, sendo cada repetição formada por 5 tubos de ensaio contendo uma plântula em cada. As avaliações foram realizadas 30 dias após a montagem do experimento. Avaliou-se a porcentagem de contaminação bacteriana e de sobrevivência. As médias obtidas foram analisadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Observou-se que para limpeza de brotos jovens, a imersão no hipoclorito de sódio 1,5% durante 8 min. foi mais efetivo, obtendo-se aos 30 dias de cultivo 88% dos explantes livres de contaminantes. Consequentemente esse tratamento apresentou um menor percentual de contaminação, diferindo estatasticamente dos demais.
CONCLUSÃO:
Os resultados obtidos nesse experimento demonstraram que a imersão de explantes de J. curcas em hipoclorito de sódio a 1,5% durante 8 minutos é eficiente no controle da contaminação bacteriana da espécie em estudo. Trabalhos visando o ajuste de um protocolo para estabelecimento in vitro de pinhão manso estão sendo conduzidos.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Palavras-chave: Jatropha curcas, Hipoclorito de sódio, Cultivo in vitro.