62ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
ESCALAS TERMOMÉTRICAS: UMA FORMA DE CONVERSÃO COM MOLDE DE PAPELÃO
Luciana da Cunha Ferreira 1
Walter Esteves de Castro junior 1
1. Universidade Federal do Amazonas
INTRODUÇÃO:
A grande maioria dos livros de Física do ensino médio possui uma seção destinada ao estudo das escalas termométricas. Nessas seções, o aluno é convidado a estudar as principais características das escalas Celsius, Fahrenheit, Kelvin e Rankine. Como exercícios, o estudante deve realizar cálculos de conversão entre as diferentes escalas, forçado de certa forma a memorizar as diversas fórmulas de conversão, sem que as entenda realmente. O presente trabalho tem, objetivo, desenvolver no aluno os conceitos de similaridade entre triângulos e proporcionalidade, originários da geometria, a fim de mostrar o raciocínio por trás das fórmulas de conversão de escalas termométricas. Os povos da antiguidade já conheciam o conceito de triângulos similares e proporcionalidade. O livro Elementos, do grego Euclides - considerada a obra científica mais lida de todos os tempos - dedica inúmeras páginas ao tema. Entretanto, é comum que as turmas de nível médio tenham pouca familiaridade com o assunto. Raros são os estudantes que entendem, na prática, o conceito de proporcionalidade entre lados equivalentes de triângulos semelhantes. Na verdade, este é um conceito central na confecção das fórmulas de conversão entre escalas termométricas.
METODOLOGIA:
Os alunos farão o manuseio dos triângulos de papelão com as figuras de termômetros das escalas colados em alguns lados identificando o tipo de escala. Para cada escala, foi feito um triângulo de acordo com sua proporcionalidade, dessa maneira os alunos conseguiriam verificar na prática como a conversão é feita, pois através dessas medidas será possível obter os valores de conversão entre escalas sem a necessidade das equações matemáticas. A experiência se baseia no conceito de proporcionalidade como fator primordial na construção das equações de conversão entre escalas termométricas.
RESULTADOS:
Um dos objetivos do experimento é permitir que os alunos possam fazer sua reprodução a partir da explicação teórica do professor, sem o auxilio do termômetro, fazendo sua verificação apenas nas conversões entre as escalas termométricas. Para construir a escala de conversão utilizamos o mecanismo da escala feita com papelão, e as escalas em triângulos. Dessa forma o professor pode associar sua prática à sua aula sem precisar de termômetro. Um detalhe importante e que esta proposta não tira o valar da utilização do termômetro, assim como da prática feita em laboratório profissional, é uma idéia aos professores e uma maneira de facilitar o aprendizado.
CONCLUSÃO:
Um das dificuldades do professor em sala de aula é atrair a atenção dos alunos, visto que a o espaço escolar não é um ambiente muito atrativo LIMA (1995). Uma aula de quadro e giz não é páreo para uma apresentação multimídia ou uma aula de laboratório ou mesmo uma demonstração experimental com materiais alternativos. O professor que deseja uma prática mais dinâmica, que deseja tornar sua aula reflexiva, deve partir para inovações já que a escola é reflexo social. A montagem é bem simples e indica ao professor novos rumos para aplicações de escalas termométricas em sala de aula. Vale ressaltar que este tipo de trabalho faz a valorização e a compreensão dos triângulos e as semelhanças entre eles.
Instituição de Fomento: Casa da Física
Palavras-chave: Escalas Temometricas, Experiências, Ensino de Física.