O jatobá (Hymenaea courbaril L.) é uma árvore neotropical que têm importância econômica, ecológica e ambiental. Muitas pesquisas mostram que esta espécie pode ser extraída diversas substâncias, além de a mesma ter potencial para uso em reflorestamentos comerciais e agroflorestais. As plantas cultivadas estão constantemente expostas a estresses abióticos ou bióticos, e às interações, que causam modificações no crescimento, metabolismo e rendimento agrícola. Os principais fatores abióticos limitantes da produtividade das culturas são: seca, salinidade, baixas e altas temperaturas, enchentes, poluentes e excesso de radiação e a seca é considerada o principal entrave da produtividade agrícola mundial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a altura e o potencial hídrico das plantas de jatobá sob a deficiência hídrica e alagamento.

O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação localizada no Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, PA, Brasil (01º27'S e 48º26'W) o período de implantação foi de 20/09/2008 a 20/05/2009. Os vasos utilizados tinham 0,30 m de altura por 0,30 m de diâmetro, com capacidade de 28 Kg de substrato. Cada vaso foi completamente cheio com substrato (mistura), sobre uma camada de 0,02 m de pedras britadas para facilitar a drenagem do solo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com três condições hídricas: controle, déficit hídrico e alagamento, com 15 repetições, totalizando 45 unidades experimentais, no qual cada unidade experimental foi composta de uma (1) planta/vaso. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e quando ocorreu diferença significativa, às médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. O potencial hídrico foi determinado as 10:00 h (potencial hídrico do xilema, ψ_x), igual a horário da determinações das trocas gasosas, utilizando-se uma bomba de pressão do tipo Sholander (mod. Pms Instrument Co, Corvalles, USA) e a altura da planta através de uma fita métrica.

As plantas submetidas à deficiência hídrica e a inundação mostraram diferença significativa para o potencial hídrico, uma vez que o potencial hídrico de antemanhã (ψ_am) foi de - 0,06 Mpa.  Assim podemos que houve uma redução do potencial hídrico da plantas sob deficiência hídrica (- 2,8 Mpa), plantas inundadas (- 1,1 Mpa) e plantas controle (- 0,6 Mpa). A diminuição do potencial hídrico das plantas submetidas ao alagamento se deve a falta de energia para sustentar os processos fisiológicos dos quais dependem da parte aéreas, para o processo de respiração celular.  As plantas sob déficit hídrico possuíram uma área foliar e radicular, sendo assim, o houve uma menor transpiração. Na altura das plantas controle e sob inundação não tiveram diferença significativa, em que os valores foram em média de 75,83 e 70,66 cm respectivamente. Para as plantas submetidas ao déficit hídrico a altura média foi de 61,16 cm. O entendimento da altura de uma planta em relações entre os diferentes tipos de estresses abióticos é bastante complexo. No caso de água disponível, o super aquecimento das folhas pode ser prevenido pelo resfriamento transpiracional. No caso das plantas alagadas o tempo não foi suficiente para afetar o metabolismo especifico e conseqüentemente a altura das plantas.

O alagamento e a deficiência Hídrica afetaram o potencial hídrico negativamente, enquanto que a altura das plantas somente as plantas com suspensão da irrigação foi afetada.