62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
SER PROFESSOR DE MATEMÁTICA E A EXPERIÊNCIA PIBID
Dayane Silva dos Santos 1
Mônica Lima Alves 1
João Paulo Attie 1
1. Universidade Federal de Sergipe
INTRODUÇÃO:
Neste poster, são relatadas as experiências de 2 licenciandas em Matemática em suas primeiras incursões nas salas de aula, através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, instituído pela CAPES visando a melhora da qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de licenciandos de universidades públicas. As alunas relatam suas impressões iniciais, como o fato de que nem os professores das escolas sabiam da existência do material didático que a mesma disponibilizava e da impressão de que nossa presença era vista por eles como uma ameaça e que o projeto não era bem visto pelos docentes e também a primeira experiência em sala de aula, na qual o professor simplesmente retirou-se da turma para, segundo ele, nos deixar à vontade, como a maioria dos professores fazem com seus estagiários. Em seguida, as autoras relatam a maneira como foram enfrentando os desafios e de como o estranhamento inicial, apesar de atemorizar, pode ser suplantado e de que maneira, com isso, puderam ser percebidos os ganhos obtidos com o projeto, particularmente as possibilidades de aprofundamento no que diz respeito ao conhecimento mais familiarizado da realidade escolar e a sensação de melhor aparelhamento para a vida profissional, consideramos importante citar alguns dados.
METODOLOGIA:
A inserção das bolsistas nas escolas se deu em algumas etapas. Primeiro houve uma coleta de dados nas escolas e a apresentação para o corpo administrativo. A escolha das salas a serem trabalhadas ficou a cargo dos professores de matemática que aceitaram o projeto. Em seguida, nossas atividades foram elaboradas a partir das necessidades relatadas pelos professores. Nosso trabalho consistiu na preparação, execução e aplicação de atividades associadas aos conteúdos matemáticos que possibilitassem que o processo de ensino e aprendizagem pudesse se valer da utilização de várias alternativas metodológicas, tais como a utilização de jogos, da resolução de problemas e da história da matemática. Os conteúdos associados neste trabalho foram principalmente o Teorema de Pitágoras, Sistemas Lineares, Polígonos, Tipos de Triângulo, Potenciação, Trigonometria, Polinômios, Áreas e Raízes Quadradas. Além disso, a utilização destas metodologias envolveu sempre o desenvolvimento do raciocínio lógico e da capacidade de argumentação.
RESULTADOS:
Descobrimos que o nível de interação entre as bolsistas e os professores que aderiram ao projeto foi importante, pois influenciou o modo da realização das atividades na aula. Em uma atividade com o uso de jogos, percebemos que em uma das turmas, os alunos adoraram e participaram ativamente. Já na outra turma, contudo, não conseguimos desenvolver o trabalho planejado, pois encontramos uma resistência da parte de muitos alunos. Em virtude disso, trabalhamos com mais tolerância e, na medida em que o jogo ia se desenvolvendo, vimos os grupos interagindo e trabalhando juntos. Percebemos, nessa turma, muitas dificuldades na disposição para o trabalho coletivo. Observamos aí, entre outras coisas, que as interações entre os alunos também são uma variável importante para o resultado de uma atividade. Em uma das escolas, os próprios alunos, a partir das intervenções da bolsista, abordaram, em uma feira de conhecimento, 4 demonstrações diferentes do teorema de Pitágoras e a história da Torre de Hanói. Além disso, apresentaram 3 dramatizações sobre esses temas, sendo uma delas com a utilização de fantoches. Já noutro contexto, ao trabalharmos com bolsistas de outras áreas, pudemos explorar a transversalidade no tema "alimentação", envolvendo matemática, química, biologia e física. 
CONCLUSÃO:
Durante as experiências vivenciadas em sala de aula, percebemos como é difícil unir teoria a prática e desenvolver aulas diferenciadas, pois é preciso não só dominar o conteúdo como também saber lidar com vários tipos de situações que vivenciamos no dia a dia em sala de aula. Na resolução de problemas e desafios, envolvemos assuntos do cotidiano o que atraiu bastante a atenção dos alunos Apesar do pouco tempo que estamos atuando no PIBID, podemos dizer que já vivemos grandes experiências, e esse é um dos fatores que contribui bastante para o aperfeiçoamento do graduando durante a sua formação acadêmica, pois auxilia a entender um pouco do funcionamento de uma escola. É gratificante também ver que nosso trabalho surtiu efeito em um espaço em que muitos consideram estar perdido. Por fim, vale ressaltar que este é um programa importante não só para os bolsistas que vivenciam a pré-docência, mas também para os alunos da escola pública, que têm a oportunidade de aprender de maneira bastante significativa por meio de metodologias inovadoras e que, principalmente, facilitam a sua aprendizagem.
Instituição de Fomento: Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior - CAPES
Palavras-chave: Formação de Professores, Iniciação à Docência, PIBID.