62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 1. Administração Educacional
AUTONOMIA DA ESCOLA E PARTICIPAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO FUNDAMENTAL
Marcos Torres carneiro 2, 1
Adriana Aniceto Bezerra da Costa 2, 1
Fábio Pinheiro Bezerril 2, 1
Eunice Gomes de Oliveira Yamamoto 2, 1
Genilda de Brito Lopes 2, 1
Andrezza Maria Batista do Nascimento Tavares 2, 1
1. UNICID
2. IESP
INTRODUÇÃO:

A presente pesquisa investiga sobre a autonomia na escola e a participação do trabalho na construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola LOGUS Colégio e Curso. A elaboração do Projeto Político-Pedagógico, ganha materialidade no campo da participação quando é democratizado no lócus onde é implantado: a escola. Nessa pesquisa buscou-se verificar como o projeto político-pedagógico é entendido, sua relação com a construção da autonomia da escola, além do seu papel na instituição de relações democráticas no cotidiano escolar. Tem por objetivo analisar a autonomia da escola com base na participação dos sujeitos na construção e no desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico de uma escola situada na zona oeste de Natal-RN. A importância do estudo sobre essa temática diz respeito à compreensão de que a gestão democrática só é alcançada quando mecanismos de participação e autonomia são favorecidos no chão da escola.

METODOLOGIA:

A abordagem da pesquisa é qualitativa. Os instrumentais utilizados na investigação para coleta de dados foram: a pesquisa bibliográfica, questionários e observação no trabalho de campo. O campo empírico da pesquisa foi a Escola Logus colégio e Curso. Os sujeitos colaboradores da pesquisa foram todo o corpo gestor da escola: diretora, vice-diretora e coordenadora pedagógica.  

RESULTADOS:

As principais referências bibliográficas sobre as temáticas são Gadotti (2000), Veiga (2001) e Demo (2004).  As referências teóricas apontam que na construção do Projeto Político Pedagógico, todos que compõem a comunidade escolar têm que ter um consenso mínimo do que seja o papel da escola na sociedade, levando em consideração a formação do futuro cidadão. É em função da percepção de mundo e de sociedade em que a escola esta inserida, que deverá estar presente a compreensão dos vários elementos que compõe essa construção. O projeto político pedagógico da escola, não deve ser entendido como um documento a mais que foi elaborado para o cumprimento de determinações burocráticas e estatísticas, que ficam nas gavetas ou nas prateleiras sem uma função prática para a sua elaboração. Ele tem a finalidade de implantar um procedimento que leve a reflexão e a ação que envolve toda a escola e cada setor, docente, administrativo, alunos, pais de alunos e a comunidade em que a escola está inserida.

CONCLUSÃO:

A escola observada possui PPP, mas o seu processo de construção e de realização coletiva precisa avançar. Entendemos que, sem participação, a escola não tem como viabilizar o seu Projeto Político Pedagógico. Nesse sentido sugerimos que a comunidade seja formada para que possa compreender o que trata essa política de descentralização de poder e fazer o potencial uso da mesma. Ademais, salientamos a necessidade da equipe pedagógica reconhecer a autonomia que lhe é conferida e utilizá-la em favor das ações que potencializem o seu fazer político-pedagógico. Enfim, apontamos que a administração escolar, como gerente desse sistema, deve ampliar as estimulações para a autonomia e a participação, viabilizando, de fato, a atualização e a execução do PPP, para além da imposição de projetos externos que, na maioria das vezes, não refletem em nada a realidade das mesmas, como já vem fazendo.

Instituição de Fomento: IESP
Palavras-chave: Autonomia, Participação, Projeto Político-Pedagógico.