62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A OSTREICULTURA NA COMUNIDADE DE NOVA OLINDA, AUGUSTO CORRÊA-PA.
Nathalia Freitas de Paula 1, 3
Dioniso de Souza Sampaio 2, 4
1. Universidade Federal do Pará (Instituto de Estudos Costeiros)
2. Universidade Federal do Pará (Instituto de Estudos Costeiros)
3. Bióloga/Mestranda
4. Prof.Msc.Orientador UFPA/IECOS
INTRODUÇÃO:

A Educação Ambiental (EA) é um processo de reconhecimento de valores e clarificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. O Cultivo de Ostras está inserido no conceito de atividade voltada ao desenvolvimento sustentável e a correta gestão ambiental, porque preconiza o uso do recurso ambiental como fonte produtora de alimento e não meramente como recurso para extração desordenada, uma vez que desperta a consciência da população que vive às margens de áreas de preservação ambiental. O objetivo principal desta pesquisa foi caracterizar o conhecimento na área da Educação Ambiental de associados da Associação Agropesqueira de Nova Olinda (Agronol) que desenvolve a Criação de Ostras na comunidade de Nova Olinda no município de Augusto Corrêa/Pará, onde se pretende, especificamente, atingir os seguintes objetivos: apresentar um perfil social-ambiental de cada associado e caracterizar o conhecimento sobre Educação Ambiental dos ostreicultores vinculados a Associação Agropesqueira na comunidade de Nova Olinda no município de Augusto Corrêa.

METODOLOGIA:

A pesquisa foi realizada na comunidade de Nova Olinda, município de Augusto Corrêa, distante a 228 quilômetros de Belém. A realização deste estudo fez-se através da coleta de dados primários e secundários. Os dados primários são oriundos de questionários estruturados aplicados aos membros da comunidade de Nova Olinda que se localiza no município de Augusto Corrêa no Estado do Pará. Foram aplicados questionários estruturados aos associados da Associação Agropesqueira de Nova Olinda (AGRONOL), referente à Educação Ambiental e o Cultivo de Ostra em Nova Olinda (Augusto Corrêa). O questionário estava organizado com oito perguntas com a temática ambiental e seis sobre a criação de ostras (ostreicultura), onde nove perguntas eram fechadas e cinco eram abertas, deixando o ostreicultor à vontade para responder. Os dados secundários são provenientes de pesquisa bibliográficas, envolvendo trabalhos, dissertações, monografias, relatórios, informações censitárias e sites governamentais e não governamentais.

RESULTADOS:

O questionário foi aplicado com os 13 associados da Associação Agropesqueira de Nova Olinda (AGRONOL), comunidade do município de Augusto Corrêa. Como o intuito de verificar o conhecimento sobre educação ambiental e cultivo de ostra. Observamos que a maioria dos entrevistados respondeu que educação ambiental "é preservar o meio ambiente sem prejudicar os animais e vegetais da natureza, mante-lo limpo, sem lixo, além de conhecer sua importância para utilizá-lo"; 85% responderam saber o que é meio ambiente e 62% já ouviram falar em desenvolvimento sustentável. Para os ostreicultores um cultivo ecologicamente correto é aquele em que há um bom manejo dos bivalves e dos objetos que são levados para o cultivo, que não há poluição, que esteja limpo, sem ostras mortas e que obedece às normas ambientais. Os ostreicultores acreditam que o conhecimento em EA contribui de forma positiva para sua atividade produtiva, pois acham que vão adquirir mais conscientização sobre a preservação da natureza, o que pode tornar seu produto mais saudável e com boa qualidade, podendo ser benéfica para toda a comunidade que vai aprender a preservar o meio em que vive, além do que poder gerar outra fonte de renda através do reaproveitamento dos resíduos gerados no cultivo.

CONCLUSÃO:

Os ostreicultores de Nova Olinda apresentam ter conhecimento sobre educação ambiental, sabem o que quer dizer o assunto, falam não de uma maneira científica ou com palavras bem elaboradas, porém com uma visão popular, sentem um pouco de insegurança ao se expressar, mas revelam sua sabedoria sobre o assunto. Podemos também perceber o conhecimento deles quando se trata de meio ambiente, a informação que eles passam não engloba só a natureza, mas o qualquer espaço em que eles vivem. Assim podemos concluir com o referido trabalho que a Educação Ambiental deve ser empregada em todos os serviços que visem à melhoria na qualidade de vida, devendo haver uma relação entre o fator social e econômico. Na comunidade de Nova Olinda, onde se desenvolve a criação de ostras, a melhoria dessa produção e da organização social do grupo está relacionada ao comprometimento dos ostreicultores e da comunidade em conservar o manguezal, o rio e os bancos naturais de ostras.

Instituição de Fomento: Instituição de Apoio: Instituto de Estudos Costeiros (IECOS) / Universidade Federal do Pará (Campus de Bragança).
Palavras-chave: Augusto Corrêa, Nordeste Paraense, Ostreicultura.