62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
Programa de educação ambiental do projeto raia de fogo nas escolas da comunidade de maracajaú - RN.
Tiego Luiz de Araújo costa 1
Janaina Freitas Calado 2
Liana de Figueiredo Mendes 3
1. Programa de Pós-graduação em Bioecologia Aquática - UFRN
2. Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas - UFPB
3. Profa. Dra./Orientadora - Dep. de Botânica, Ecologia e Zoologia - UFRN
INTRODUÇÃO:

A educação ambiental e a Lei nº 9.795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental) compõe instrumentos eficazes à transformação da visão social do mundo. A problemática ambiental gerada pela diminuição da qualidade ambiental e exploração predatória dos recursos naturais, afeta todos os segmentos da sociedade. Para manter um ambiente saudável, para presentes e futuras gerações é indispensável uma conscientização de que preservar o meio ambiente é auxiliar a própria existência humana. É necessária muita atenção nos casos em que existem populações residentes próximas às áreas naturais protegidas, como é o caso da comunidade litorânea de Maracajaú na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais - APARC, onde existem muitos impasses à medida que os aspectos restritivos aumentam. Neste caso, se torna essencial o esclarecimento da população. A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que a população possa compreender problemas que afetam sua vida e sua comunidade. Neste projeto a conscientização foi adotada como meta do programa de educação ambiental.

METODOLOGIA:
O programa de educação ambiental na Praia de Maracajaú foi destinado primariamente aos alunos e moradores em geral. Este programa contou com participação de 10 monitores e 3 voluntários, envolvendo estudantes do curso de Ciências Biológicas da UFRN, mestrandos em Ecologia da UFRN e em Zoologia da UFPB. Foram realizados 2 encontros com os professores e 21 encontros com os alunos da Escola Municipal Professor Calixto (1º ao 4º ano) e Escola Municipal Eva Varela Cavalcante (5º ao 9º ano) durante os meses de Setembro e Outubro de 2009. O trabalho realizado com os alunos em sala de aula foi dividido em quatro etapas: Duas atividades dinâmicas, utilizando fotos de animais e localidades encontradas na APARC, com objetivo de gerar interação com a turma; uma aula expositiva; e oficinas ecológicas adequadas a cada nível escolar. Com a conclusão do ciclo de encontros com os alunos, foi realizado no dia 11 de Outubro de 2009 um evento aberto à comunidade (1ª ECOMAR - Feira Ecológica do Projeto Raia de Fogo). Neste evento, além de concursos de fotografia e redação com temática ambiental e gincana, foram expostos todos os trabalhos realizados durante as oficinas e parte do material biológico do Laboratório de Zoologia (DBEZ - UFRN).
RESULTADOS:
As atividades educacionais atenderam diretamente 230 alunos e 15 professores das escolas citadas. Para os professores foram desenvolvidas palestras para esclarecer as relações biológicas envolvidas na manutenção do ambiente recifal. Durante a realização da 1ª ECOMAR - Feira Ecológica do Projeto Raia de Fogo, foi estimada a entrada de 350 visitantes.   Na comunidade da Praia de Maracajaú - RN, inserida na APARC, existe um uso direto do recurso protegido, o ambiente marinho recifal, através da pesca e do turismo. Esta característica ressaltou a importância de realizar um trabalho de conscientização da população a respeito das características bióticas, abióticas e do uso dos Parrachos de Maracajaú - RN. Não menos importante é a interação de pesquisadores com atores da comunidade possibilitando a troca de conhecimento e facilitando a implementação de ações de manejo e conservação. Alguns autores apontam a escola como um local propício para o desenvolvimento de projetos com enfoque educativo e relacionado ao meio ambiente, pois o acesso é mais fácil envolvendo todos os níveis de uma sociedade. A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que os alunos e professores possam compreender problemas que afetam sua vida e sua comunidade.
CONCLUSÃO:
Na comunidade da Praia de Maracajaú os alunos das escolas e a população no geral participam ativamente de atividades como as desenvolvidas neste trabalho. Os habitantes da Praia de Maracajaú têm conhecimento de que os recifes precisam ser preservados pelo fato da economia local depender da exploração deste ambiente através da pesca e do turismo. Com isso, atividades dinâmicas e que acrescentem conhecimento sobre este ambiente são muito apreciadas pela população local e devem ser incentivadas.
Instituição de Fomento: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza
Palavras-chave: Educação ambiental, Raia de fogo, Maracajaú.