62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 14. Ensino Superior
PEIXINHO, QUEM TE ENSINOU A NADAR?
Maria Suely Mesquita de Xavier 1
Kalyane Kelly Duarte de Oliveira 3
Rúbia Mara Maia Feitosa 2
Wanderley Fernandes da Silva 4
1. Preceptora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Potiguar, UnP,RN.
2. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Potiguar, UnP, RN.
3. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Potiguar, UnP, RN.
4. Diretor de Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Potiguar - UnP/RN.
INTRODUÇÃO:

A simulação é uma estratégia de ensino em que o aluno é exposto a situações práticas onde exercerá papel ativo na aquisição de conhecimentos necessários para a compreensão e resolução do problema. Nesta estratégia o professor não é figura ativa no repasse de conteúdos, mas assume a postura de condutor do processo. A simulação geralmente é reservada para situações nas quais se necessite a obtenção de habilidades psicomotoras ou decisões rápidas. O interesse de adotar a simulação, enquanto estratégia de ensino surgiu mediante as inquietações dos discentes quando estes passaram a se inserirem nas atividades práticas realizadas nos serviços de saúde. Pois, os mesmos referiam ainda sentir inseguros para realizarem as atividades inerentes ao processo de trabalho da enfermagem. Dessa forma, a simulação foi construída didaticamente para que os discentes pudessem desenvolver as suas habilidades e competências, contribuindo para a autonomia do graduando nos serviços de saúde. O objetivo do estudo é descrever a experiência do uso da simulação como estratégia para o ensino teórico/prático da disciplina Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente.

METODOLOGIA:

O estudo consiste num relato de experiência sobre a utilização da simulação no ensino da disciplina Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente. Está faz parte da grade curricular da 5ª série do curso de enfermagem da Universidade Potiguar. O relato baseia-se na observação e participação ativa das simulações, enquanto docente da referida disciplina no semestre letivo de 2009.2. Para iniciar a simulação, alguns alunos eram convocados para serem os atores que tornariam as situações do estudo verídicas. Assim, dentre os principais papeis encontrados nos textos das simulações encontravam-se o agente comunitário de saúde, usuário e o enfermeiro. Este último teria que, conforme seus conhecimentos teóricos, realizar o atendimento ao usuário, tendo que para isso colher informações e estabelecer a comunicação com os demais protagonistas da simulação que, por sua vez, eram os únicos que conheciam a história pregressa, familiar e clínica abordada no estudo. Os outros discentes assumiam a posição de observadores, verificando Na resolução do caso proposto-chekc-liste- quais os principais pontos deveriam ser abordados pelo enfermeiro durante a consulta. Após, a encenação dos procedimentos e condutas ocorria a discussão para refletir sobre os erros e acertos ocorridos na simulação.

RESULTADOS:

As simulações configuraram-se ferramenta fundamental para o processo de ensino/aprendizagem, pois, as mesmas permitiram visualizar como estão se desenvolvendo os conhecimentos teórico-práticos dos acadêmicos, possibilitando identificar as potencialidades e as necessidades básicas dos mesmos, aprofundando-as e reconstruindo-as durante as simulações. Além disso, as simulações possibilitaram também que os alunos se sentissem mais seguros e confiantes quando fossem desenvolver suas atividades práticas nos serviços de saúde, possibilitando-os uma aproximação com a dinâmica dos serviços de saúde, o reconhecimento dos processos de trabalho da enfermagem e identificação e reconstrução das condutas pertinentes e que se fazem necessários para os diversos tipos de assistência de enfermagem. 

CONCLUSÃO:

A simulação como estratégia de ensino da disciplina enfermagem na saúde da criança e adolescente constituiu-se num método eficaz, tendo sido um instrumento facilitador do processo de ensino-aprendizagem do aluno. Observa-se que a grande parte dos alunos percebem a simulação como uma importante atividade no desenvolvimento acadêmico, permitindo-os edificarem as suas habilidades e competências. Pois, a mesma consegue estimular a curiosidade do aluno a partir de uma situação prática, permitindo-o ampliar as fontes de discussão sobre o determinando assunto e proporcionando a assimilação de conhecimentos e conceitos fundamentais para o desenvolvimento de suas práticas.

Palavras-chave: Simulação, Ensino-aprendizagem, Habilidades.