62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES COTIDIANAS EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Fabia Cheyenne Gomes de Morais Fernandes 1
Thaiza Teixeira Xavier 1
Luciana Araújo dos Reis 2
Claudio Henrique Meira Mascarenhas 2
1. Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
2. Dpto de Saúde - UESB
INTRODUÇÃO:
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma condição mórbida e segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, as estatísticas revelam que uma em cada dez pessoas no mundo sofre de doença renal crônica. O doente renal crônico vivencia uma brusca mudança no seu viver, convive com limitações, com o tratamento doloroso que é a hemodiálise, com um pensar na morte, mas convive também com a possibilidade de submeter-se ao transplante renal e a expectativa de melhorar a sua qualidade de vida. As diversas repercussões que envolvem os pacientes com insuficiência renal acabam levando a um quadro de déficit na capacidade funcional acarretando na dependência destes indivíduos no seu dia-a-dia. Nesta perspectiva estudo teve por objetivo avaliar a capacidade funcional em indivíduos portadores de insuficiência renal crônica.
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de caráter descritivo com delineamento transversal, o local do estudo foi o Centro de Doenças Renais de Jequié (CDRJ), situado na região sudoeste do Estado da Bahia. A população do estudo foi composta por indivíduos acima de 18 anos de idade que se encontravam em tratamento hemodialítico no CDRJ, no período proposto para a coleta de dados, sendo a amostra representada por 74 indivíduos, selecionados de forma aleatória. O instrumento de pesquisa foi constituido por dados sociodemográficos, condições de saúde, Índice de Barthel e Escala de Lawton. A análise dos dados foi feita através do programa estatístico SPSS versão 13.0, sendo tuilizada a análise estatistica descritiva (porcentagem, média e desvio-padrão).
RESULTADOS:
Foram avaliados 74 indivíduos portadores de insuficiência renal crônica com média de idade de 50,45 (±15,72) anos. Dentre as patologias associadas as doenças cardíacas estiveram presente em 29,4% dos indivíduos dos homens e em 39,1% das mulheres. O tempo de tratamento hemodialico dos pacientes apresentou média de 3,5 (±3,5) anos. A causa mais freqüente de insuficiência renal entre os entrevistados foi a Nefropatia obstrutiva, sendo 58,82% no sexo masculino e 39,13% no feminino, os estudos populacionais demonstram que as causas mais comuns de insuficiência renal são: rins policísticos, a pielonefrite, glomerulonefrite e doenças congênitasque a causa mais freqüente de insuficiência renal é a ("nefrite crônica"). Quanto a capacidade funcional a maioria dos entrevistados foram classificados como independentes na pontuação do Índice de Barthel (Atividades básicas de vida diária), sendo 60,78% no sexo masculino e 69,57% no sexo feminino. Enquanto que segundo na pontuação Escala de Lawton (atividades instrumentais de vida diária) houve uma maior freqüência de indivíduos do sexo masculino classificados como dependentes (64,71%). Estudos realizados no inteior da Bahia indicam que as doenças crônicas como coronariopatias, hipertensão, artropatia e insuficiência renal influenciam diretamente no comprometimento da capacidade funcional.
CONCLUSÃO:
Verificou-se que a maioria dos indivíduos avaliados foram classificados como independentes nas atividades básicas de vida diária e que nas atividades instrumentais de vida diária apenas a maioria dos homens foram classificados como dependentes, nesta perspectiva fica evidenciado a necessidade de atução preventiva em relação a manutenção e/ou preservação da capacidade funcional objetivando sobretudo a melhoria na qualidade de vida destes indivíduos.
Palavras-chave: Insuficiência renal crônica, Atividades cotidianas, Avaliação.