62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 8. Botânica
FITOTERÁPICOS COMERCIALIZADOS E UTILIZADOS NO MUNICÍPIO DE SOUSA, PARAÍBA, BRASIL
Luziana dos Santos Lima 1
Weliton Carlos de Andrade 1
Nureyev Ferreira Rodrigues 1
Maria do Socorro Pereira 2
Rômulo Romeu da Nóbrega Alves 3
1. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG/CFP/UACEN)
2. Profa. Dra. Orientadora Universidade Federal de Campina Grande (UFCG/CFP/UACEN)
3. Prof. Dr. Orientador - Universidade Estadual da Paraíba
INTRODUÇÃO:
As plantas medicinais são procedimentos fitoterapeuticos utilizados desde os tempos pré-históricos na medicina popular de diversas culturas. Elas contêm substâncias bio-ativas que sob determinadas condições e concentrações ajudam a manter a saúde humana. E, atualmente são bastante procuradas. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi coletar e identificar os tipos de plantas mais utilizados no Município de Sousa - PB, onde foi realizada uma pesquisa sobre o conhecimento popular de espécies fitoterápicas, seus usos, como são adquiridas e suas devidas curas, com os habitantes e comerciantes da região.
METODOLOGIA:
O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário, padronizado pré - codificado, referenciando aspectos das plantas, tais como: nome vulgar, parte utilizada, modo de uso, indicação patológica, forma de aquisição, lugar de coleta, disponibilidade e possíveis curas. Inicialmente, foram realizadas entrevistas com os moradores da comunidade rural no Sítio Caiçara dos Batistas e com os principais comerciantes em feiras populares da cidade de Sousa, PB. Com realização de registros fotográficos nos locais de coleta, e das plantas medicinais comercializadas.
RESULTADOS:
Foram catalogadas 68 espécies, e entre as suas variedades as mais citadas estão o boldo (Pneumus boldus Molina - 7,35), a malva (Malva sylvestris L. - 6,67%), o endro (Anethum graveolens L. - 5,88%), a erva - doce (Pimpinella anisum L. - 4,41%), o Capim - Santo (Cymbopogon citratus D.C. Stapf - 4,17%), o cajueiro (Anacardium occidentale L. - 4,17%), a jurema (Balizia pedicellaria (D.C.) Barsesy & Grines - 4,17%) o hortelã (Mentha sp. - 4,17%), o mamoeiro (Carica papaya L.- 4,17%), a babosa (Aloe vera L. - 3.33%), o Juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart. - 3,33%), o alho (Allium sativum L. - 2,50%), a romã (Punica granatum L. - 2,50%). A parte da planta mais citada para o procedimento paliativo foi à folha (30,98%), o modo de uso o chá (73,52) e, a cura foi o calmante (8,33%), seguido da inflamação estomacal (5,20%). Ate mesmo os menos citados como é o caso da quina - quina (Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum.- 1,67%), da unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.); DC. - 0,83%) e do mororó (Bauhinia forficata Link - 0,83%), não deixam de apresentar a sua importância e contribuição para a saúde da população local.
CONCLUSÃO:
Mesmo com os avanços medicinais e farmacêuticos podemos comprovar que o uso de fitoterápicos são cada vez mais procurados e utilizados como produtos naturais e não prejudiciais a saúde humana quando usados de forma adequada. Portanto, deve-se valorizar e não deixar que essa cultura seja excluida dos nossos costumes regionais. É importante ter em mente que esse costume é obtido oralmente e que passa de geração em geração e que, o uso das plantas medicinais tem um papel significativo na medicina alternativa local.
Palavras-chave: Fitoterapia, Saúde, Conhecimento popular.