62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
POTENCIAL HÍDRICO E ÁREA FOLIAR EM PLANTAS DE Hymenaea courbaril L. SUBMETIDA À DEFICIÊNCIA HÍDRICA E ALAGAMENTO
Raimunda Emilene dos Reis Amaral 1
Jackeline Araújo Mota 1
Nazila Nayara Silva de Oliveira 1
Gustavo Antonio Ruffeil Alves 1
Benedito Gomes dos Santos Filho 1
Cândido Ferreira de Oliveira Neto 1, 2
1. Universidade Federal Rural da Amazônia
2. Orientador
INTRODUÇÃO:

A planta de jatobá é um arbusto que se encontra desde o sul do México até a grande parte da América do Sul, incluindo o Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Bolívia e Peru. No caso do Brasil, ocorre do norte até o sudeste.  A espécie é encontrada em altitudes de até 900 m acima do nível do mar, em solos arenosos e argilosos bem drenados de terra firme e várzeas altas, mas raramente em campos abertos, em zonas úmidas com precipitação anual entre 1500 e 3000mm. A relação entre a área foliar e as dimensões do sistema radicular afeta a transpiração bem como seu crescimento total da planta. Como a própria área foliar isoladamente, visto que há defasagem entre a transpiração e a absorção de água durante o dia. Se a relação área de raízes-área foliar é baixa, pode ocorrer um déficit hídrico mais acentuado. A expansão celular, síntese da parede celular e síntese protéica estão entre os processos mais sensíveis ao déficit hídrico e menos ao alagamento, porém leva a concluir que a redução da expansão foliar é uma das primeiras respostas a pouca água disponível ou excesso da mesma, já que esse processo é dependente do crescimento celular. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial hídrico e área foliar das plantas de jatobá sob a deficiência hídrica e alagamento.

METODOLOGIA:

O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação localizada no Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, PA, Brasil (01º27'S e 48º26'W) o período de implantação foi de 20/09/2008 a 20/05/2009. Os vasos utilizados tinham 0,30 m de altura por 0,30 m de diâmetro, com capacidade de 28 Kg de substrato. Cada vaso foi completamente cheio com substrato (mistura), sobre uma camada de 0,02 m de pedras britadas para facilitar a drenagem do solo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com três condições hídricas: controle, déficit hídrico e alagamento, com 15 repetições, totalizando 45 unidades experimentais, no qual cada unidade experimental foi composta de uma (1) planta/vaso. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e quando ocorreu diferença significativa, às médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. O potencial hídrico foi determinado as 10:00 h (potencial hídrico do xilema, ψx), igual a horário da determinações das trocas gasosas, utilizando-se uma bomba de pressão do tipo Sholander (mod. Pms Instrument Co, Corvalles, USA) e  área foliar foi feita através do  medidor de área foliar do modelo AM 300.

RESULTADOS:

As plantas submetidas à deficiência hídrica e a inundação mostraram diferença significativa para o potencial hídrico. Assim podemos que houve uma redução do potencial hídrico da plantas sob deficiência hídrica (- 2,8 Mpa), plantas inundadas (- 1,1 Mpa) e plantas controle (- 0,6 Mpa). O decréscimo da permeabilidade da membrana leva a uma diminuição do potencial hídrico da folha e à murcha. O processo metabólico e a decomposição das raízes através do processo fermentativo promovendo assim, uma diminuição da absorção de água e minerais para a planta.

Os resultados revelaram que houve uma diferença significativa entre os tratamentos, no qual houve uma redução de 68,76 cm2 (plantas controle) para 57,58 cm2 (plantas inundadas) e 45,38 cm2 (plantas submetidas ao déficit hídrico). Os valores mostraram que o estresse hídrico foi bem mais danoso que o estresse por inundação, pode ser natureza do estressor, e a área foliar, come feito linear e com elevado coeficiente de determinação, baixa alienação. Com a redução da área foliar, a produção de assimilados é reduzida e pode ser refletido na capacidade produtiva da planta.

CONCLUSÃO:

As plantas sob o alagamento e a deficiência Hídrica reduziram o potencial hídrico e sua área foliar.

Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Rede CETEPETRO-AMAZÔNIA PT1.
Palavras-chave: Hymenaea courbaril L., Área foliar, Potencial hídrico.