62ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 8. Botânica |
TESTES DE GERMINAÇÃO COM SEMENTES DE Iryanthera tricornis DUCKE, MYRISTICACEAE |
Antonio Marques Pereira Junior 1 Luciane Lopes de Souza 1 Raiane Mara Gonçalves 1 Reinaldo Trujillo Sanchez 1 |
1. Universidade do Estado do Amazonas, Centro de Estudos Superiores de Tefé/UEA |
INTRODUÇÃO: |
Myristicaceae é uma família com 18 gêneros e aproximadamente 400 espécies, distribuídos nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, como a América Central e do Sul. Cinco gêneros são endêmicos na América: Virola, Iryanthera, Compsoneura, Osteophloeum e Otoba. São principalmente árvores medianas, mas também árvores de dossel, a casca interna exsuda uma seiva avermelhada, ou que em contato com o ar oxida para vermelho. Iryanthera é considerado um dos gêneros com maior presença na região Amazônica, dentro deste gênero Iryanthera tricornis Ducke é considerada uma espécie muito abundante, média de altura de |
METODOLOGIA: |
Os estudos ocorreram no laboratório de Biologia, no Centro da UEA na cidade de Tefé no Amazonas. Sementes de I. tricornis foram coletadas de árvores-matriz na Estrada da EMADE, km 5. Os parâmetros analisados foram: peso (g), comprimento (mm) e largura (mm). Ocorreram quatro experimentos no período de 12/02/10 a 24/03/10. O primeiro com areia, o segundo com papel-toalha, o terceiro e o quarto ficaram divididos em três tratamentos cada, contendo substratos diferentes, um tratamento com areia, o segundo com terra-preta e o terceiro com areia e terra-preta juntos. O primeiro experimento teve 90 sementes, semeadas 15 dias após a coleta, neste foi analisado apenas se houve germinação. O segundo experimento se fez de outra coleta, 40 sementes distribuídas em quatro repetições de 10 sementes e adotando como critério de germinação a emissão da radícula. Para manter alta umidade, as caixas eram molhadas com água esterilizada. Os parâmetros avaliados foram: peso, datas que germinaram as sementes, comprimento da radícula e da brotação. No terceiro experimento 120 sementes estavam distribuídas em caixas com 10 sementes cada. No quarto foram utilizadas 90 sementes colocadas em copos descartáveis. Adotou-se a emergência da brotação como critério de germinação para estes dois últimos testes. |
RESULTADOS: |
No primeiro experimento nenhuma semente germinou. Por outro lado o experimento com papel-toalha, treze sementes (33%) germinaram 10 dias após o início das observações, o comprimento médio das radículas foi de |
CONCLUSÃO: |
O primeiro experimento não apresentou germinação, por falta de umidade, enquanto o segundo, o terceiro e o quarto experimentos mostraram que mantendo o alto nível de umidade, as sementes de I. tricornis iniciam sua germinação. É bom ressaltar que o primeiro experimento, não teve o mesmo tratamento dos outros três. As sementes levaram 10 dias para começar a germinar. Das sementes germinadas percebeu-se que o peso das sementes varia de acordo com o tempo. Neste teste os melhores resultados ocorreram no quarto experimento, para o tratamento com terra-preta e o tratamento com areia e terra preta juntos, que apresentaram resultados idênticos. Apesar das informações obtidas, estudos posteriores com esta espécie devem atentar para outros fatores tais como: seu papel ecológico, que inclui a conservação dos frugívoros da região que se alimentam dos frutos desta espécie, sua biologia reprodutiva, além da temperatura ideal para as sementes desta e de outras espécies da família Myristicaceae. |
Instituição de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas |
Palavras-chave: Germinação, Myristicaceae , Iryanthera tricornis. |