62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS PELA ESCALA DE BARTHEL.
Jivago Alvim Lacerda 1
Jonas Davi Heiderick Mota 1
Eudson Pinheiro Emerich 1
Sérgio William Pereira de Abreu 1
Vanessa Christina Costa da Silva 1
1. Fac. De Minas - FAMINAS
INTRODUÇÃO:
A capacidade funcional define-se pela realização de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana de forma independente. Sabe-se que à medida que os anos passam a capacidade funcional tende a diminuir comprometendo a independência física, mental e autonomia dos idosos. São vários os fatores que estão associados com a capacidade funcional, entretanto, observa-se que a principal hipótese subjacente é a de que a capacidade funcional seria influenciada por fatores demográficos, socioeconômicos, culturais e psicossociais, além da inclusão de comportamentos inadequados ao estilo de vida como fumar, beber, comer inadequadamente, padecer sobre stress psicossocial e etc. A população de idosos vem crescendo e os desafios para manter uma melhor qualidade de vida também. A este fato, nos últimos anos, os asilos tem se tornado um local bastante utilizado para acolhida desta população o que sugere intervenções de profissionais especializados e programas de desenvolvimento que são fundamentais para a aquisição de uma melhor qualidade de vida desta população. Assim o presente estudo tem como objetivo verificar a capacidade funcional dos idosos institucionalizados utilizando a escala de Barthel.
METODOLOGIA:
O estudo trata-se de uma análise quantitativa e descritiva com coorte transversal em idosos devidamente institucionalizados em um asilo na cidade de Miradouro - MG no ano e 2009. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Faculdade (Faminas-MG) e o asilo foi informado dos procedimento do estudo, mediante ao termo de Consentimento conforme a norma 196/96 da Comissão Nacional de Ética em pesquisa (CONEP), onde os responsáveis pelos sujeitos participantes da presente pesquisa, concordaram com a realização das mesmas e posterior divulgação dos resultados. Todos os elegíveis à aplicação do questionário participaram da pesquisa (n=15). Foi utilizada a escala de Barthel que mede o nível de capacidade funcional, composta por 10 questões. O resultado correspondente à soma de todos os pontos obtidos classifica o individuo em independente funcional àquele que atingir a pontuação máxima de 100 pontos e pontuações abaixo de 50 pontos indicam dependência funcional. A análise desse estudo descritivo valeu-se pelada distribuição de freqüências.
RESULTADOS:
A preservação da capacidade física e sua manutenção, auxilia os idosos nas suas atividades de vida diárias de modo a prolongar o tempo de dependência e manter a capacidade funcional. A sua perda associa-se a déficits funcionais, risco de quedas, morte e problemas de mobilidade trazendo complicações ao longo do tempo gerando cuidados de longa permanência e custos aos asilos. Do universo amostral (n=15), 9 eram do sexo masculino e 6 do sexo feminino. A média de idade da população foi de 68 anos. Onze (73,4%) apresentaram escores maiores que 50 pontos, média de 70% dos pontos caracterizando-se como sendo independentes. Idosos que levaram a vida mais regrada e estabeleceram hábitos saudáveis possuem uma melhor qualidade de vida durante a velhice e assim desempenham suas atividades de vida diária autonomicamente. Somente quatro (26,6%) apresentaram índices abaixo de 50 pontos, média de 26% dos pontos caracterizando-se como dependentes. Neste contexto emerge como mais significativo a avaliação dos itens do que o resultado global, por permitir identificar onde estão as incapacidades. De fato, o conhecimento do nível de autonomia em relação a cada item específico é relevante para a planificação dos cuidados de uma forma personalizada, portanto mais eficiente.
CONCLUSÃO:
A cada ano a população geriátrica vem crescendo impulsionada pelo avanço da medicina e do aumento da perspectiva de vida. A capacidade funcional pode ter importantes implicações para a qualidade de vida dos idosos. Portanto é relevante planejar programas específicos de intervenção para a eliminação dos fatores de risco relacionados à incapacidade funcional de modo a facilitar e promover a formação de grupos de idosos, estimulando uma vida saudável com a realização de atividades recreativas, físicas e culturais.
Palavras-chave: Barthel , Independência, Geriatria.