62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
REGISTRO DE ESPÉCIES CATALOGADAS, NÚMERO DE INDIVÍDUOS FISCALIZADOS E SUAS FORMAS DE ENTRADA NO CENTRO DE TRIAGEM DE ANIMAIS SILVESTRES (CETAS) DE IMPERATRIZ-MA, ENTRE 2003 E 2008.
Luana Nazareno Pereira 1
Ana Caroline Oliveira Sousa Bezerra 1
Rayanny Castro Silva 1
Jullys Allan Guimarães Gama 2
1. Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão - IESMA/UNISULMA
2. Prof./Orientador Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão
INTRODUÇÃO:
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) é apoiado e supervisionado pelo IBAMA tendo um papel importante na proteção da fauna. É responsável por recepcionar, triar e tratar animais silvestres que tenham sido resgatados ou apreendidos por órgãos de fiscalização. Isso implica em registrar a entrada dos indivíduos, identificando qual são a espécie e o sexo, buscando o máximo de informações quanto ao local em que foram capturados e o tempo de cativeiro; verificando qual é o habitat da espécie; e alojando os animais em local adequado para receberem o devido tratamento. O levantamento de fauna recebida nos Cetas confirma e legaliza o trabalho do órgão. Assim, o estudo propôs gerar dados comparativos do número total de indivíduos de cada classe (Aves, Mamíferos e Répteis) e suas formas de entrada no Cetas de Imperatriz-MA, além de mostrar as espécies que mais foram recebidas nesse período de 2003 a 2008.
METODOLOGIA:
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) disponibilizou os relatórios anuais de entrada de animais de 2003 a 2008. Fez-se a contagem do número total de indivíduos independente da forma de entrada, logo após calculou-se o número de animais de cada classe e foi feita a porcentagem por meio de regra de três simples, ou seja, o total de uma classe sobre o total de animais registrados nos 6 anos. O mesmo se fez para calcular a porcentagem de apreendidos, recolhidos, entregues voluntariamente ou indefinido. Já para contabilizar as espécies com maior registro, fez-se a contagem do número de aparições da espécie e desse total feito a porcentagem pelo número geral de cada classe.
RESULTADOS:
No período de 2003 a 2008, foram recebidos 1.804 animais. Desses, 40% foram aves, 33,4% répteis, 26,6% mamíferos. Nos últimos 6 anos verificaram-se os registros de recebimento. Quanto à origem, 39,9% corresponderam à apreensão (IBAMA, polícia florestal, outros), 37,5%, entrega voluntária (comunicado e/ou entregue o animal cativo, legal ou ilegal, para os órgãos competentes), 20,1% recolhimento (quando solicitada captura de animais) e 2,5%, indefinido (quando não se tem definido se o animal recebido é oriundo de apreensões). Das mais de 150 espécies de aves recebidas, a maioria foi constituída por Curió (Oryzoborus angolensis) com 13, 41%, papagaio do mangue (Amazona amazonica) 10,78% e Suindara (Tyto alba) 9%. O macaco-prego (Cebus apella) foi a espécie de mamífero mais recebida com 13,56%, seguida da preguiça (Bradypus variegatus) 12,94% e preguiça (Bradypus sp.) 10,22%. No grupo dos répteis, a jibóia (Boa constrictor) constituiu 32,05%, seguido pelo jabuti (Geochelone sp.) 20,43% e sucuri (Eunectes murinus) 11,13%.
CONCLUSÃO:
Em 2003, o Cetas totalizou 320 apreensões e 76 recolhimentos e entregas voluntárias, comparando com 2008 ocorreram 64 apreensões, já recolhimento e entregas voluntárias, o total foi de 285. Diante da resolução dos cálculos, pode-se não só relatar números gerais de indivíduos, como também observar a influência das campanhas em educação ambiental (realizadas pelo órgão), por meio das variações no número de indivíduos registrados anualmente. Isso pode constatar que apesar da região ser rota de tráfico de animais silvestres o trabalho dos agentes de fiscalização através de apreensões e educação ambiental, tem diminuído significativamente o número de espécies apreendidas e aumentado as de entrega voluntária e recolhimento nos últimos anos.
Palavras-chave: CETAS, Fiscalização, Entrada de animais.