O CONAMA recomenda aos órgãos ambientais a avaliação da qualidade parasitológica e microbiológica da areia das praias para futuras padronizações, por meio da Res. 274/00, que dispõe sobre a balneabilidade de praias. A areia de praia pode atuar como fonte de doenças transmitidas por fungos. Assim, o presente trabalho visa contribuir com o monitoramento e avaliação de leveduras e fungos filamentosos em água e areia de praias utilizadas como área de recreação pela população e por turistas. Os recursos hídricos e a areia associada quando contaminados por microrganismos podem veicular doenças como: micoses, hepatite, gastroenterites e verminoses. As principais doenças fúngicas relacionadas são: candidíase; criptococose; dermatoses em unhas, pele e cabelos e doenças respiratórias. A área da Bacia do Amazonas, banhada pelo Rio Negro, esta se constituindo um ecossistema impactado por diferentes poluentes, onde se destaca o esgoto sanitário e industrial, lançado diariamente em suas águas ou nas praias, pois não há nesta cidade sistema de tratamento de esgoto. Neste contexto que a proposta de avaliação da poluição de praias (água e areia) voltada para áreas de alta atividade industrial e urbana no entorno, que influenciam sua dinâmica e saúde ambiental, esta sendo desenvolvida.

A porção de areia seca das praias de rios é a parte da praia de maior ocorrência de microrganismos, assim como ocorre nas praias oceânicas, portanto deve ser constantemente monitorada quanto à ocorrência de fungos que expõem a população ao risco de desenvolvimento de doenças infecciosas.