62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
AVALIAÇÃO INFORMAL NO COTIDIANO DO PROFESSOR
Gislaine Pereira da Silva 1
Cristhiane Emília Gomes da Silva 1
Adriana Carla Batista dos Santos 1
Sheila Valéria Pereira da Silva 1
Maria da Apresentação Barreto 2, 1
1. Universidade Federal da Paraiba-Centro de Ciências Aplicadas e Educação.CampusIV
2. Profa.Dra/Orientadora
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO Esta pesquisa iniciou-se numa sala de aula em que alunos do Curso de Pedagogia desenvolviam estudos referentes à Avaliação Educacional e narravam as experiências positivas e negativas referentes às formas de avaliação que já haviam vivenciado. Questionavam as concepções de avaliação que norteavam as práticas educativas, bem como os critérios adotados pelos professores para decidirem sobre a aprendizagem dos alunos e sua progressão de ano. Os questionamentos dos alunos instigaram-nos a elaborar questões que pudessem investigar as tantas perguntas suscitadas no debate acadêmico. A pesquisa foi então iniciada, objetivando conhecer quais as concepções dos professores em relação à avaliação informal e suas práticas avaliativas. O ato de avaliar é de extrema importância em nossas vidas, pois permite que tomemos decisões de maneira mais refletida e pensada. No ambiente acadêmico essa temática se apresenta de maneira ainda mais complexa, já que estamos tratando da avaliação do conhecimento. Trata-se de um fenômeno multidimensional e que requer avaliar o educando em sua totalidade, sem deixar que nada interfira na tomada de decisão. Uma avaliação inadequada, unidimensional ou baseada em critérios superficiais, pode ocasionar traumas e bloqueios, interferindo na vida acadêmica e na vida pessoal do educando.
METODOLOGIA:
MÉTODO Fez-se a opção por desenvolver uma pesquisa em que se privilegiou a abordagem qualitativa por permitir um maior aprofundamento do objeto de estudo - a avaliação informal. Os sujeitos investigados foram 15 professores do ensino fundamental e médio de três escolas, sendo duas estaduais e uma municipal. Os dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada, aplicada na ocasião em que as alunas faziam um estágio supervisionado na escola. A construção das questões foi norteada pelos objetivos propostos. Depois de realizadas as entrevistas, as respostas foram copiadas na íntegra e os resultados consistiram na descrição das principais informações sinalizadas pelos professores. Dados de ordem quantitativa estarão presentes no trabalho, auxiliando-nos na caracterização da amostra investigada.
RESULTADOS:
RESULTADOS E DISCUSSÃO A compreensão do entendimento sobre o que seria avaliação informal revelou uma diversificação de respostas: foi mencionada como uma avaliação cotidiana sem estar relacionada à nota, um tipo de avaliação que observa o comportamento dos alunos, e também vista como uma avaliação incompleta e negativa. Os professores defenderam que nesta modalidade avaliativa deve-se considerar a frequência e o interesse do aluno, portanto, deve ser processada com o intuito de aproveitar o máximo possível de cada um. Em consonância com o referencial teórico existente na área, advogam a avaliação informal como complemento da formal. A modalidade informal contribui para suavizar a ideia de avaliação, tendo em vista que a maioria dos alunos já formou uma opinião negativa sobre a avaliação formal, mediante suas experiências negativas. Ficou evidenciado que a avaliação contínua torna esse processo menos opressivo, dando melhores resultados. A modalidade informal permite que os professores avaliem não somente a aprendizagem, mas o aluno como um ser social, não se preocupando apenas em atribuir notas. Considera o aluno como um todo, e deste modo costuma ser mais justa, uma vez que muitos aspectos são contemplados e considerados.
CONCLUSÃO:
CONCLUSÃO Desenvolveu-se esta pesquisa em busca de uma compreensão aprofundada do que seria avaliação informal, através da observação de sua prática por um grupo de professores. Estes evidenciaram que trabalhavam com esta modalidade por meio de conversas, ação e observação da aprendizagem. Através da aula dialogada o professor consegue desencadear a participação dos alunos e também conhecer suas ideias, visão de mundo, valores e crenças. Ao avaliar, coadunam a avaliação informal com a formal, fazendo um contraponto entre as duas. Consideram a participação e o interesse dos alunos, além de seu desempenho no dia a dia, em suas habilidades e nas atividades aplicadas. Por fim, houve a sinalização de que essa modalidade de avaliação acontece cotidianamente, durante todos os dias letivos. Os dados extraídos nesta breve pesquisa revelam e reiteram a ideia de que avaliar é uma ação que precisa ser discutida continuamente, sobretudo pela dimensão que este ato ocupa dentro de uma instituição de ensino. Hoje já se tem claro que quando se avalia não se pode visar apenas à obtenção de notas, mas se avalia para sintonizar todos os membros da instituição ou até mesmo o familiar sobre o conhecimento dos alunos e o que se pode fazer para ajudá-los em sua caminhada como seres humanos e cidadãos.
Instituição de Fomento: Universidade Federal da Paraiba-Centro de Ciências Aplicadas e Educação.Campus IV
Palavras-chave: Práticas Avaliativas, Avaliação Informal, Docência.