62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 5. Educação de Adultos
UM OLHAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA ESCOLA MARISA ELISA BOCAYVA NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ/MT
Fabiana Dos Santos Silva 1
Jorge Gabriel Ramires Junior 2
Gleice Maria de Meira de Jesus 1
Noelma Marrye Sales de Sales 1
1. Instituto de Educação IE/UFMT
2. Programa de Pós-graduação em Educação PPGE-IE/UFMT
INTRODUÇÃO:
A pesquisa foi desenvolvida com informações oriundas de quatro vertentes: a de um professor especialista; a do poder público, a de um grupo de educando da EJA e a dos alunos que estão desenvolvendo o estudo. Em que os resultados serão apresentados aqui separadamente para dar o devido destaque a cada seguimento. No processo histórico da Educação brasileira presenciamos diversos movimentos que visavam à melhoria do ensino no país. Foi na década de 60, que surge a referência principal para a constituição de um novo pensamento na área educacional e social, através de um movimento coordenado pelo educador Paulo Freire, cujo papel foi fundamental no desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. As propostas que eram organizadas tinham como princípio a realidade dos alunos, implicando a renovação de métodos e procedimentos educativos. O processo que percorreu a educação de jovens e adultos até os dias atuais, deixa evidente a necessidade de procurar compreender o contexto em que é formada sua concepção, para iniciar uma busca por um meio que consiga suprir as diversidades que encontramos no meio educacional, relativo a esta modalidade de ensino.
METODOLOGIA:
Para realiza o presente trabalho adotamos os seguintes procedimentos metodológicos. a) Primeiramente realizamos um levantamento de dados com busca bibliográfica em livros, documentos e sites. b) Elaboramos instrumentos para coletas de dados (entrevista semi estruturada com perguntas pré-estabelecidas) c) Escolha do campo de pesquisa constou de três parâmetros centrais: primeiro, Escola Municipal Maria Elisa Bocayva, situada no bairro Dom Aquino em Cuiabá MT. Foram entrevistados sete alunos do período vespertino do EJA do 1º ano do ensino médio com um roteiro de perguntas pré-estabelecido. A faixa etária dos entrevistados varia entre 30 a 50 anos, sendo a maioria dos entrevistados mulheres. Entrevista com uma especialista do assunto professora Doutora Jorcelina Elisabeth Fernandes do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso. Com a ida ao campo para a produção da pesquisa, realizamos a sistematização, análise e considerações dos segmentos e produção do documento final, com apresentação dos resultados obtidos e consideração do grupo.
RESULTADOS:
Na perspectiva da legislação notamos que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos notamos que se apresenta como modalidade da educação básica, devendo considerar o perfil dos alunos e sua faixa etária ao propor um modelo pedagógico. O visão dos estudantes do Eja ao serem entrevistados por nós, relatam que deixaram os estudos por diversos motivos, mas, principalmente por terem que trabalhar para manter o sustento das despesas em casa. Sendo assim, acabam retornando os estudos em virtude das exigências do mercado empregatício atual, buscam melhores salários, encontrando na qualificação pessoal melhoria de vida. Ao perguntarmos à especialista se as propostas de ensino que estão sendo desenvolvidas pelo poder público atende as necessidades deste grupo de estudantes da Eja, ela nos respondeu que propostas são muito boas, porém, as condições ainda estão no discurso, na pratica encontra algumas dificuldades. O aluno tem que se adaptar as condições de ensino, quando a escola que deveria se adaptar as condições do aluno, buscando a forma de sua compreensão do saber. Além disso, falta reconhecimento dentro das escolas, não e dada muita importância ao EJA. Assim, não ocorre à integração, gerando empecilho na qualidade do trabalho.
CONCLUSÃO:
Após fazer a analise e reflexão sobre as quatros perspectivas apresentados na pesquisa, podemos concluir que os problemas que ocorrem na Educação de jovens e adultos não se diferem dos da educação em sua totalidade, pois em todos os seus âmbitos observamos que são necessários muito mais que propostas educacionais e elaboração de projetos, mas medidas vinculadas a um projeto político econômico que promova uma melhoria das condições de vida da população brasileira. Faremos uma síntese da reflexão do grupo, para a conclusão do artigo: Verificamos que os objetivos da legislação é adequado, mas permanecem distantes de serem realizadas no quotidiano, pois a Educação de jovens e adultos funciona como um plano a parte de todo o sistema;no conjunto de pessoas entrevistadas percebemos que os motivos como turno dobrado de trabalho, cansaço, etc., deve se considerar suas características próprias para decidirem por evadirem da escola;a participação do educador neste processo é fundamental, que tem de permanecer em processo de busca e reflexão sobre a sua prática, a fim de conseguir desenvolver um trabalho que atenda todas as particularidades da sua realidade, auxiliando assim o educando a tornar-se um cidadão mais crítico e participativo no seu entorno social.
Palavras-chave: Educação de adultos, Politicas, didática.