62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES DE Lonchocarpus sericeus Poir
Izabela Souza Lopes 1
Cheila Deisy Ferreira 1
José Evanaldo Rangel da Silva 1
João Alberto Ferreira Rangel 2
Juliana Matos Figueiredo 3
Assíria Maria Ferreira da Nóbrega Lúcio 1
1. Unid. Acad. de Engenharia Florestal, Univ. Federal de Campina Grande - UFCG
2. Pós Graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
3. Pós Graduação Ciências Florestais, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
INTRODUÇÃO:

A espécie Lonchocarpus sericeus (Poir) DC. pode atingir de 4 até 20 metros de altura, dotada de copa arredondada, tronco ereto e cilíndrico, casca ligeiramente rugosa e lenticulada. Apresentam folhas compostas, inflorescências axilares e fruto tipo legume. Sua madeira é indicada para construção civil, confecção de móveis, lenha e carvão. Ocorre principalmente no Baixo Amazonas, Nordeste e Leste do país, na mata pluvial, como também no Pantanal Matogrossense e Goiás (LORENZI, 2002).

A classificação das sementes por tamanho, para determinação da qualidade fisiológica, tem sido bastante empregada na multiplicação das diferentes espécies vegetais (ALVES et al., 2005). A biometria da semente também está relacionada a características da dispersão, diferenciamento das espécies pioneiras e não pioneiras e do estabelecimento de plântulas (FENNER, 1993).

Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar as características biométricas dos frutos e sementes da Lonchocarpus sericeus (Poir) DC e relacionar as medidas biométricas (comprimento, largura e espessura). Como o número de sementes por fruto.

 

METODOLOGIA:

Os frutos maduros da Lonchocarpus sericeus (Poir) DC. foram coletados no município de Catingueira- PB. Em árvores de mata ciliar no Bioma Caatinga em novembro de 2008. O estudo foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande, localizado em Patos- PB e acondicionados em sacos de polietileno e levados ao laboratório, onde permaneceram por cinco dias em bandejas, na sombra, para o beneficiamento das sementes e análises.

Dos 200 frutos coletados selecionou-se de forma aleatória 100 frutos, sadios, inteiros e sem deformações para as avaliações biométricas, baseado nas informações de (CRUZ et al; 2001; CRUZ & CARVALHO, 2002). Portanto, o comprimento, largura e espessura de frutos e sementes foram determinadas com auxilio de um paquímetro digital com precisão de 0,01mm, e seus dados foram expressos em porcentagem após análise pelo ASSISTAT.

RESULTADOS:

Os frutos de Lonchocarpus sericeus (Poir) DC. são de coloração marrom-clara, enquanto as sementes são de coloração marrom-escura. O número de sementes por fruto varia de um a sete, com porcentagem insignificante de sementes danificadas por insetos.

Quanto a biometria dos frutos de Lonchocarpus sericeus (Poir) DC., observou-se que o comprimento, largura e espessura dos mesmos variaram de 6,0 a 17,99 mm, 16,19 a 21,66 mm e 2,65 a 14,93 mm respectivamente.

Dos frutos mensurados (44,0%) apresentou comprimento  na classe dos 9,0-11,99 mm. Já  em  relação à largura (70,0 %) dos  frutos apresentaram na classe entre 18,0-19,99 mm. Quanto em espessura (83,0 %) na classe 5,0-8,99 mm. Verificou-se que os frutos apresentam variações, principalmente em comprimento e espessura média.

A caracterização biométrica dos frutos serve de indicativo de variabilidade genética para ser explorada em programas de melhoramento (FENNER, 1993).

Nos dados biométricos das sementes, verificou-se que o comprimento e largura variaram de 10,54-17,87 mm e 2,93-5,93 mm. Destas, 54% destacaram-se na classe 16,0-17.87 mm para comprimento e 84% na classe 4,0-5,93 mm para largura.

 

CONCLUSÃO:

Os resultados mostraram que as sementes apresentam ampla variabilidade nas suas características biométricas.

Palavras-chave: Germinação, Ingazeira, Morfologia.