62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS DO PARTO E DA MULHER NOS NÍVEIS DE ALFA-TOCOFEROL NO COLOSTRO DE PARTURIENTES DA MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO, NATAL RN
Jovilma Maria Soares de Medeiros 1
Penha Patrícia Cabral Ribeiro 1
Roberto Dimenstein 1
Larissa Queiroz de Lira 1
Lahyana Rafaella de Freitas Cunha 1
Ana Caroline Perez Medeiros 1
1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
INTRODUÇÃO:
O leite materno é a forma mais segura de alimentação para o recém-nascido, pois contém uma combinação única de nutrientes. A lactação progride por três estágios distintos: colostro, transição e maduro. O colostro é um fluido amarelado secretado nos últimos dias de gestação e nos primeiros dias após o nascimento e reflete as necessidades do recém-nascido durante a primeira semana de vida. No colostro são encontradas elevadas concentrações de vitamina E. Vitamina E é o termo genérico empregado para designar oito compostos lipossolúveis que apresentam, em diferentes graus, a mesma atividade biológica do alfa-tocoferol, este funciona como composto lipossolúvel de maior atividade antioxidante de lipoproteínas e auxilia o desenvolvimento e a manutenção do sistema imune. A vitamina E é extremamente importante nos estágios iniciais de vida, pois sua deficiência está associada à anemia hemolítica. Devido à limitada transferência placentária, a vitamina E encontra-se reduzida no soro de recém-nascidos, que dependem da adequação nutricional do leite materno. O presente estudo tem por objetivo analisar a influência das características da mulher e do parto nos níveis de alfa-tocoferol no colostro de parturientes da Maternidade Escola Januário Cicco, Natal RN.
METODOLOGIA:
O estudo foi do tipo transversal e a amostragem foi obtida por conveniência, composta por 26 parturientes voluntárias atendidas na Maternidade Escola Januário Cicco. Foram incluídas no estudo parturientes entre 16-43 anos, sem patologias, que tiveram partos a termo e pré-termo, concepto único e sem má-formação e que afirmaram não fazer uso de suplementos vitamínicos contendo vitamina E durante a gestação. Foi coletado aproximadamente 2mL de leite colostro, sempre em jejum, até 12 horas após o parto. O leite foi obtido por expressão manual de uma única mama e armazenado em tubos de polipropileno. Foram aplicados questionários para obtenção de dados referentes às características da mãe e do recém-nascido. Após coleta, as amostras foram levadas ao laboratório sob refrigeração, sendo armazenada a -10ºC para posterior extração segundo Ortega et al (1998) e análise bioquímica da vitamina E por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). A identificação e quantificação do alfa-tocoferol nas amostras foram estabelecidas por comparação com os tempos de retenção e as áreas dos respectivos padrões. Resultados e discussão Entre as variáveis analisadas o peso do recém-nascido, a idade da mãe, a idade gestacional do recém-nascido e o estado nutricional da mãe não influenciaram de forma significativa nos níveis de alfa-tocoferol do leite colostro. Entretanto, em relação a variável paridade, as puérperas multíparas apresentaram médias de alfa-tocoferol, no colostro, maiores (1885,54 ± 832,38) do que as primíparas (1031,05± 632,00), sendo assim, apenas esta variável influenciou significativamente (p=0,043) nos níveis de alfa-tocoferol no colostro. As puérperas multíparas estão mais preparadas fisiologicamente para a gestação, por terem passado por esta experiência anteriormente. Provavelmente, essa situação decorra de uma glândula mamária que foi previamente estimulada, facilitando um maior aporte de alfa-tocoferol no colostro quando comparadas com as primíparas.
RESULTADOS:
Entre as variáveis analisadas o peso do recém-nascido, a idade da mãe, a idade gestacional do recém-nascido e o estado nutricional da mãe não influenciaram de forma significativa nos níveis de alfa-tocoferol do leite colostro. Entretanto, em relação a variável paridade, as puérperas multíparas apresentaram médias de alfa-tocoferol, no colostro, maiores (1885,54 ± 832,38) do que as primíparas (1031,05± 632,00), sendo assim, apenas esta variável influenciou significativamente (p=0,043) nos níveis de alfa-tocoferol no colostro. As puérperas multíparas estão mais preparadas fisiologicamente para a gestação, por terem passado por esta experiência anteriormente. Provavelmente, essa situação decorra de uma glândula mamária que foi previamente estimulada, facilitando um maior aporte de alfa-tocoferol no colostro quando comparadas com as primíparas.
CONCLUSÃO:
Apenas a paridade (primíparas e multíparas)exerceu influência sobre os níveis de alfa-tocoferol do colostro humano.
Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: colostro, alfa-tocoferol, amamentação.