62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
SÍNDROME DE DOWN: POSSIBILIDADES E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
Márcia Socorro Florencio Vilar 1, 2
1. Prefeitura da Cidade do Recife
2. Prefeitura Municipal de Olinda
INTRODUÇÃO:

O referido projeto tem o propósito de apresentar o tratamento dado pela política educacional à questão da prática pedagógica desenvolvida com crianças com Síndrome de Down, considerando o atual debate relativo à educabilidade dos sujeitos com tal síndrome, partindo de uma análise do levantamento de dados referentes aos sucessos e insucessos dessa prática, avaliando-a em relação aos resultados quantitativos e qualitativos, apontando a escola e o educador como peças fundamentais para o processo de constituição do sujeito,e assim, verificando as possibilidades e intervenções pedagógicas para uma eficaz atuação do educador, com o intuito de minimizar os rótulos que passam essas crianças, levando em consideração as metas, as ações, e as prioridades da referida prática. Pois, existem problemas de aprendizagem, de conduta e emocionais que se manifestam no sistema escolar, alterando a qualidade de vida dessas crianças.Portanto,interessa enfatizar a importância do fortalecimento de uma equipe multidisciplinar para subsidiar nas necessidades do educador. Essa investigação tem a intenção de contribuir com reflexões que sirvam de caminho para a ampliação das discussões acerca da política de prática pedagógica exigida no atual contexto educacional e aprofundamento dela por parte do educador.

METODOLOGIA:

O estudo contou com uma pesquisa bibliográfica que discute a temática numa perspectiva crítica e questionadora da prática pedagógica com crianças com Síndrome de Down, considerando que o referencial teórico, além de servir de parâmetro em termos conceituais, constitui-se como um dos sustentáculos de qualquer atividade investigativa. Também, houve uma análise documental,entrevista previamente estruturada, observações com crianças em salas de aula,na hora do intervalo, realização de debates, palestras com psicólogo, psicopedagogo, entre outros.

RESULTADOS:

Percebeu-se alguns sucessos, no que se refere à prática pedagógica dos professores aplicada em sala de aula com alunos que apresentam Síndrome de Down numa atuação mais reflexiva, participativa e emancipatória, no que diz respeito à modificação na forma de trabalhar os conteúdos curriculares, onde pode-se observar uma flexibilidade e adequação curricular em consonância com a proposta pedagógica, atendendo melhor o processo evolutivo do aluno e as interferências que limitam as suas funções na interação com o meio. Pois, qualquer sujeito independente do seu comprometimento se relaciona e elabora aprendizagem. É um ser social que estabelece relações vinculares durante toda a sua existência.Também, o reconhecimento de uma criança sem o rótulo de uma doença e o desenvolvimento de habilidades para lidar com as diferenças e dificuldades apresentadas por esses alunos, preparando-os para o exercício da cidadania. Além disso, a reelaboração do Projeto Político-Pedagógico, onde determinadas propostas foram adaptadas, conforme as necessidades e o interesse do grupo. Cabe salientar, a participação mais ativa do Conselho Escola .

CONCLUSÃO:

Diante do estudo feito, foi percebido que a criança com Síndrome de Down pode e deve ser incluída no ambiente escolar, com base nas suas necessidades, através da elaboração de um plano de intervenção adequado, bem como proporcionar os recursos necessários que permitam sua implementação, além do respeito pelas peculiaridades da criança tanto no que se refere à situação escolar, como em relação à programação didática e as estratégicas metodológicas. Também, verificou-se que ao escolher o professor para trabalhar com crianças com SD, é necessário avaliar o conhecimento e atitude dele. Portanto, poucos professores têm conhecimento sobre tal síndrome. Em muitos casos, têm uma percepção errada sobre a natureza, as causas, as manifestações dos sintomas e o que devem fazer. Porém, quanto mais informado o professor estiver, maior será a chance da criança conseguir um bom desempenho escolar. Além disso, constatou-se que não existem métodos de ensino especiais para se ensinar os conteúdos curriculares para esses alunos. O professor tem de se preparar para atender a todas as crianças. Ele tem de se desprender do preconceito para trabalhar com a criança com alguma necessidade especial. Pois, vivemos numa sociedade que impõe normas e se a criança não se enquadra, está fora do mundo.

Instituição de Fomento: Prefeitura da Cidade do Recife e Prefeitura Municipal de Olinda
Palavras-chave: Síndrome de Down, Problemas de Aprendizagem, Práticas Pedagógicas.