62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UM OLHAR NA RELAÇÃO-PROFESSOR ALUNO
Hellen Jael Cavalcanti Farias 1, 2
Élen Borba de Souza 3, 2
Francisco Helder Linhares Sousa 2, 4
Sandra Elisabete Santos Morais Donato 5, 2
Glória Maria Leitão de Souza Melo 6
1. Departamento de Educação, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG
2. PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA, CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA, UNIPÊ
3. Departamento de Psicologia, Universidade Estadual da Paraíba, UEPB
4. Departamento de Letras, Universidade Estadual da Paraíba, UEPB
5. Departamento de Educação, Faculdade de Porto Velho - FIP, Rondônia/RO
6. Profa. Ms./Orientadora - Departamento de Educação - UEPB
INTRODUÇÃO:
As transformações ocorridas na sociedade atual requerem dos profissionais que nela atuam novas competências para atender às exigências, assim como em relação à figura do professor, na construção de cidadãos críticos e conscientes de seus papéis dentro da sociedade no processo de ensino - aprendizagem. Tarefa que requer muito além de conhecimento teórico é preciso conhecer o íntimo dos alunos, saber como agir com cada um deles, conquistando-os a cada encontro. Ganhando desta forma, parceiros na construção de um laço afetivo que dará como frutos uma aprendizagem significativa. Desse modo, o projeto desenvolveu a partir da investigação de como os fatores afetivos e a relação professor-aluno podem influenciar na aprendizagem, a fim de observar como a relação professor-aluno pode favorecer uma aprendizagem significativa, identificando como a questão da aprendizagem tem mostrado o quanto um bom relacionamento afetivo é importante para o desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes. Martinelli (2007) concorda com Piaget em que a afetividade, seria a energia da qual depende o funcionamento da inteligência, sem, que seja necessário modificar as estruturas da mesma. Logo, o aspecto afetivo é um importante elemento quando se pretende compreender o processo de aprendizagem.
METODOLOGIA:
A pesquisa de abordagem descritiva, utilizando as técnicas de observação em sala de aula que serviram de subsídio para integrar a realidade educacional a uma teoria já existente, a fim de, melhor permitir aos pesquisadores a construção de conhecimentos fidedignos da realidade estudada. Esta pesquisa deu-se a partir de observações realizada no E. E. C. V., em Campina Grande - PB, na turma do 1º ano manhã durante o mês de julho. A sala composta por 20 alunos, sendo 12 meninas e 8 meninos, na faixa etária entre 5 e 6 anos de idade, um destes é portador de Paralisia Cerebral. A escola está localizada num bairro periférico, atende a alunos do Ensino Infantil ao Ensino Médio e tem aproximadamente 546 alunos. Foi, então, observado o ambiente escolar, e mais precisamente, a sala de aula. Foram utilizados para anotações das observações: lápis, papel e caneta. A partir daí, e com base nos estudos de Gadotti, Vygostky, Wallon, entre outros, fez-se uma ponte entre teoria e prática. De modo que, o foco da observação manteve-se em torno das relações entre os alunos, professor-aluno e as metodologias utilizadas em sala de aula pelo professor, além da forma como se encontra organizada a sala de aula para melhor receber as crianças.
RESULTADOS:
Dentre os aspectos observados em sala de aula destaca-se à forma como a aprendizagem tornava-se significativa e prazerosa para os alunos, simplesmente por sentirem na professora a segurança que precisam para atingir seu objetivo maior, que é o aprender. Logo, a ligação existente entre o professor e o aluno é o que categoricamente dá suporte as Instituições Escolares. Essa ligação é que deve tornar viável o foco principal do trabalho do professor, que é o de promover e favorecer a aprendizagem. Para Bock (1999 p. 271), alunos e professores devem ser parceiros no diálogo com o conhecimento já acumulado [...]. É preciso dialogar com o conhecimento mediado pelo professor, que deve ser visto como parceiro no processo educacional. Estudos mostram, também, que afetividade é o período mais demorado da fase de desenvolvimento da criança. No entanto, quando esta fase aparece a criança torna-se capaz de transformar as emoções em sentimentos. Podemos dizer ainda que, sendo a emoção responsável por contagiar afetivamente tanto o professor quanto o aluno, ambos podem atuar um sobre o outro gerando trocas de experiências que possam promover a aprendizagem. Para Wallon (1978) o professor tanto contagia como é contagiado emocionalmente pelos seus alunos.
CONCLUSÃO:
Desta maneira, a aprendizagem se torna significativa quando o individuo sente-se responsável pelas atitudes que lhes permitiu criar condições motivadoras dentro da sala de aula. Ao passo que, essa motivação pode facilitar a aprendizagem, é preciso saber que este mesmo processo pode ser o responsável pelo fracasso do aluno na escola. É necessário que os professores criem, cada vez mais, situações que encantem seus alunos, para que assim eles sintam vontade de aprender. Para Bock (1999, p. 121) precisa haver uma necessidade ou desejo, e o objeto precisa surgir como solução para a necessidade. Diante do abordado na pesquisa, logo, tem-se que professores quando envolvidos com os aspectos afetivos da criança buscando compreender como estes podem afetar e contribuir para aprendizagem torna-se um trabalho mais prazeroso, que gera resultados positivos satisfazendo não só a escola, mas também a família. Além de promover a realização profissional. Com base no que foi observado, podemos dizer que as experiências vividas em sala de aula, provocaram trocas afetivas, que além de favorecer a aprendizagem contribuíram significativamente para o fortalecimento da capacidade de expressão dos alunos, enquanto seres autônomos.
Palavras-chave: Relação professor-aluno, Afetividade, Aprendizagem .