62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 11. Morfologia - 3. Citologia e Biologia Celular
ANÁLISE MORFOLÓGICA DE CÉLULAS ESPERMÁTICAS DE PACIENTES SUBMETIDOS À REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Rogério de Aquino Saraiva 1
Lécio Leone de Almeida 2
1. Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
2. Universidade Regional do Cariri / URCA
INTRODUÇÃO:

A morfologia espermática tem um papel prognóstico relevante para o resultado das técnicas de reprodução assistida. Para considerar um espermatozóide com morfologia normal, deve-se levar em consideração características que vão desde o formato da cabeça até a cauda. Estes, quando não estão em conformidade acabam sinalizando um possível quadro de infertilidade. Objetivou-se avaliar e quantificar a morfologia das células espermáticas.

METODOLOGIA:

Amostras seminais de 61 pacientes com idade entre 19 a 55 anos foram analisadas através de técnicas de citologia e microscopia de luz. Foram preparadas 122 lâminas com esfregaço da amostra do sêmen dos pacientes, posteriormente coradas pela técnica de Shorr. Das 122 lâminas, 61 foram separadas aleatoriamente, analisadas em microscópio de luz com aumento de 1000x. Em seguida foram contados 100 espermatozóides/lâmina. A análise seminal foi realizada de acordo o critério estrito de Kruger e com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) ambos para avaliação da morfologia espermática. O primeiro critério determina o parâmetro normal para morfologia espermática valores ≥ 14%. Já a (OMS) estabelece parâmetros normais para valores ≥ 30%. Os dados foram coletados e repassados para planilhas Excel nas quais foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva.

RESULTADOS:
Os resultados indicam que 23 pacientes (37,70% em média) apresentaram morfologia espermática normal <14%. Este valor para os dois critérios indicou parâmetro seminal para infertilidade masculina. Para a morfologia espermática normal ≥14% foram encontrados 38 pacientes (62,30% em média). Além disso, foi observada a média de células espermáticas normais (20,21%) entre os 38 pacientes. Esse valor quando comparado com o critério da (OMS) apenas um paciente (2,63%) apresentou parâmetro para fertilidade. Enquanto para Kruger o percentual de 20,21% amplia a quantidade de pacientes com possibilidade de engravidar suas parceiras de forma assistida.
CONCLUSÃO:

Os resultados mostraram que o critério estrito de Kruger para valores normais ≥14% foram estatisticamente relevantes e devem ser salientados tanto na investigação do homem infértil como indicadores para reprodução assistida.

Palavras-chave: Infertilidade, Espermatozóides , Morfologia.