A Cordyline terminales cv "Baby Doll" pertence à família das liliaceas e é um cultivar pequeno, bem copado, com folhas castanhas, aparadas com uma extremidade rosa. Atualmente estão entre as culturas mais importantes no mercado mundial de folhagens de corte. Sua produção pode ser iniciada a partir de sementes, estacas, mas também por alporquia.

O crescimento e a adaptação da planta a diferentes ambientes relacionam-se à sua eficiência produtiva, que está associada, entre outros fatores, aos teores de clorofila foliar. Os teores de clorofila e carotenóides nas folhas são utilizados para estimar o potencial fotossintético das plantas, pela sua ligação direta com a absorção e transferência de energia luminosa ao crescimento e à adaptação a diversos ambientes. Uma planta com alto teor de clorofila é capaz de atingir taxas fotossintéticas mais altas, pelo seu valor potencial de captação de "quanta de energia" na unidade de tempo.

O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de clorofilas a, b, totais e carotenóides em folhas de plantas de Cordyline terminalis cv "Baby Doll" sobre o efeito de três diferentes formulações de NPK.

O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação do Instituto de ciências Agrárias (ICA) pertencente à Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), no período de junho/2008 a novembro/2008. Durante o período do experimento todas as plantas foram irrigadas diariamente, foi feito também, o controle de plantas daninhas pela capina manual e o controle de pragas e doenças. Os vasos foram dispostos no espaçamento de 0,20m entre linhas e 0,30 m entre plantas. Foram adicionados 2,0g de NPK por vaso dependendo do tratamento, 4-14-8 (T1), 10-10-10 (T2) e 15-8-8 (T3) referentes a cada tratamento, através de sulfato de amônio, superfosfato simples e cloreto de potássio e o tratamento controle, sem NPK (T0).

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 5 repetições totalizando 20 unidades experimentais. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância por meio do teste F e, quando significativas as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância.

Os diferentes tratamentos com NPK apresentaram aumentos significativos nos teores de pigmentos clorofilados, já o tratamento sem adubação (T0) teve seus teores de clorofilas e carotenóides bem reduzidos, 0,36; 0,47; 0,84; 0,67 mmol Kg^-¹ MF; clorofila a, clorofila b, clorofila total e carotenóides, respectivamente. O tratamento T3 foi o que obteve o máximo de pigmentos de clorofila a (3,73 mmol Kg^-¹ MF), clorofila b (6,02 mmol Kg^-¹ MF), clorofila total (9,75 mmol Kg^-¹ MF) e carotenóides (5,44 mmol Kg^-¹ MF). T1 teve um aumento de pigmentos em relação ao T0, mas manteve-se inferior ao T3 e não diferiu estatisticamente do T2, este não obteve diferenças estatísticas entre T1 e T3. Esse resultado se deve, possivelmente, ao fato dos nutrientes serem essenciais para a formação dos pigmentos clorofilianos na planta e principalmente devido ao nitrogênio ser componente estrutural das moléculas de clorofila.

A clorofila tem como precursor inicial o glutamato. Assim, a disponibilidade de N pode influenciar decisivamente a capacidade fotossintética das plantas. O conteúdo de clorofila das folhas representa um parâmetro apropriado na avaliação da aquisição de N pelas plantas, sob diferentes condições ambientais.