62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
COMPARAÇÃO DA CAPACIDADE DE RETENÇÃO HÍDRICA (CRH) NAS SERRAPILHEIRAS DE MATA ATLÂNTICA E Eucalyptus citriodora NA ESTAÇÃO DA EMPARN - PARNAMIRM - RN
Ravena Cristina da Silva Medeiros 1
Halissa Mayara Anjos Oliveira 1
José Avelino da Hora Neto 1
Marviael Ponciano da Silva 1
Thiago de Mirando Moreira 1
José Augusto da Silva Santana 1
1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
INTRODUÇÃO:

O Brasil tem uma alta taxa de desmatamento, e seus altos níveis têm precedido a utilização deste solo na sivicultura comercial, cuja área total passou de 17,8 Mha em 1980 para aproximadamente 70 Mha em 2000, sendo que 50% são utilizadas por plantações de eucalipto. No Brasil as plantações de eucalipto existem desde o final do século XIX e as questões a respeito dos efeitos ambientais dessas culturas ainda estão bastante indefinidas. Entretanto, as plantações florestais de rápido crescimento podem contribuir para a recuperação de áreas degradadas através do controle da erosão, da estabilização dos solos, na recuperação de áreas de mineração a céu aberto, assim como podem produzir matéria-prima para a produção de celulose, carvão, lenha e chapas duras, diminuindo assim a pressão sobre os remanescentes florestais. Portanto, este trabalho tem por objetivo comparar as taxas da capacidade de retenção hídrica das serrapilheiras de resquícios de mata atlântica e Eucalyptus citriodora na estação da EMPARN - RN.

METODOLOGIA:

Foram coletadas amostras na Estação Experimental Rommel Mesquita de Faria, pertencente à Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (EMPARN), no Jiqui, Parnamirim - RN. E o experimento foi desenvolvido no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Agropecuária da UFRN, onde foram ensacadas e identificadas. De acordo com o método de Blow, as amostras foram submetidas a uma análise de retenção hídrica, sendo submersas em água por 90 minutos, a partir daí colocadas para escorrerem durante 30 minutos, em seguida colocadas em bandejas, pesadas em balança comum e levadas à estufa (a uma temperatura constante de 60 ºC), até atingir peso constante. Depois de secas foram novamente pesadas, e a partir desses números, foram calculadas as CRH (%) de mata e eucalipto.

RESULTADOS:

As amostras, tanto de mata quanto de eucalipto, tiveram o mesmo peso inicial de 150g. A partir daí suas médias de absorção de água foram aproximados. A média do peso úmido da mata, depois de 90 minutos, foi de 279,6g, demonstrando uma boa absorção hídrica. Depois de retirado da estufa seu peso seco médio era de 110g, retendo assim 154,1% da água. Já a serrapilheira de eucalipto apresentou uma retenção inicial melhor que a da mata, 303,6g. Mas a sua absorção hídrica final foi de 107,6%. Valores aproximados que demonstram, desta forma, que ambas serrapilheiras devem se comportar de maneira semelhante em sua função hidrológica, protegendo o solo e evitando fluxo superficial, e, por conseguinte a erosão.

 

CONCLUSÃO:

Os resultados mostram valores próximos para CRH nas serrapilheiras de mata e de eucalipto. Ajudando assim a concluir que, mesmo o eucalipto sendo uma espécie exótica, ela consegue se equiparar a espécies nativas da mata atlântica, quando relacionada para esse fim (CRH).

Palavras-chave: Capacidade de retenção hídrica, Mata Atlântica, Eucalyptus citriodora.