62ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua) |
UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A ANÁLISE DE UMA PROFESSORA DAS CIÊNCIAS NATURAIS A RESPEITO DE SEU PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL PARA ATUAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL |
Jaime Fernando da Silva Cicotte 1 José Tarcisio Grunennvaldt 2 Felício Guilard Junior 2 Fabiano César Cardoso 2 |
1. Discente do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Naturais e Matemática - UFMT 2. Docente da Universidade Federal de Mato Grosso - Campus Universitário Sinop |
INTRODUÇÃO: |
O presente trabalho é produto de estudos, experiência profissional e preocupações de caráter educacional voltadas para a formação inicial docente na área de Ciências. Neste sentido, instituiu-se no Curso de Licenciatura |
METODOLOGIA: |
Trata-se de uma investigação qualitativa e interpretativa, esta foi escolhida porque ela fornece dados que geram interpretações mais significativas que os dados obtidos em um estudo quantitativo, pois este pode até apontar para um bom ou mau desempenho, mas não é capaz de prover interpretações que revelem o(s) porquê(s) do sucesso ou fracasso (Triviños, 2006). Propôs-se investigar e responder os questionamentos referentes ao processo de formação inicial da docente. Para tal foi escolhida a entrevista semi-estruturada e o questionário que se fundamentou em dados do objeto da pesquisa, para que a entrevistada pudesse expor seus relatos, de forma livre, flexível sobre sua formação inicial docente, bem como fazer comentários pertinentes à carreira profissional. O sujeito desta investigação é uma docente da Escola Estadual Ênio Pipino, com formação inicial |
RESULTADOS: |
Indagada sobre onde, quando e com quem aprendeu ser professora, a mesma afirma ter aprendido dentro da sala de aula com a ajuda de alguns colegas e que o curso de formação inicial teve muita contribuição, mas somente teórica. Além disso, tinha o peso de não se sentir preparada para atuar como professora, desta forma, solicitava aos alunos que a avaliassem e contribuíssem com o seu desempenho em sala de aula. Ressalta que foi formada para uma realidade muito diferente da que encontra |
CONCLUSÃO: |
Pela análise da dimensão dos relatos, percebe-se que a docente teve sua iniciação profissional marcada por diversas barreiras que foram superadas. Declarou que teve de aprender a ser professora sozinha, dentro da sala de aula, com ajuda dos colegas que já trabalhavam. Sua maior reclamação da formação inicial recebida é a falta de práticas, acreditando que um maior contato direto com os alunos facilitaria sua iniciação profissional. Segundo Tardif na universidade, onde os professores são formados, têm-se com muita freqüência a ilusão de que não se têm práticas de ensino, que os professores mesmos não são profissionais do ensino ou que suas práticas de ensino não constituem objetos legítimos para a pesquisa, e essa ilusão faz com que exista um abismo enorme entre "teorias professadas" e "teorias praticadas": elaboram-se teorias do ensino e da aprendizagem que só são boas para os outros, para os alunos e para os professores. Então, se elas só são boas para os outros e não para quem está ali a ensinar, talvez isso seja a prova de que essas teorias não valem nada do ponto de vista da ação profissional, a começar pelas suas próprias (TARDIF, 2004). |
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Atividades Teórico-práticas, Formação Inicial Docente. |