62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia
ESTUDO DE LIBERAÇÃO IN VITRO DE METOTREXATO A PARTIR DE MICROPARTÍCULAS DE QUITOSANA
Philippe de Castro Mesquita 1
Cyro Vidal 1
Alice Rodrigues de Oliveira 2, 1
Eryvaldo Sócrates T. do Egito 2, 1
Anselmo Gomes de Oliveira 3
Arnóbio Antonio da Silva Júnior 2, 1
1. Depto.de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
2. Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas - UFRN
3. Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas - Unesp - Araraquara/SP
INTRODUÇÃO:

O metotrexato (MTX) é um fármaco utilizado na quimioterapia de alguns tipos de câncer e doenças autoimunes. No entanto, sua rápida eliminação plasmática leva à necessidade de altas doses para manutenção de concentração efetiva no tecido alvo, ocasionando o potencial surgimento de reações adversas. A fim de desenvolver uma estratégia para aumentar a eficiência terapêutica do MTX, sistemas microparticulados de quitosana (QTS) contendo o fármaco, em diferentes proporções, foram obtidos pela técnica de "spray drying" e posteriormente avaliados quanto à eficiência de encapsulação e quanto a liberação in vitro.  Estes ensaios fazem parte de um projeto de pesquisa que visa a obtenção e caracterização de um sistema biodegradável capaz de fornecer um perfil de liberação prolongada para o MTX e melhorar seus aspectos biofarmacêuticos.

METODOLOGIA:

As micropartículas foram obtidas por spray drying, utilizando-se temperatura de entrada de 140ºC, fluxo de ar de 500Nl/h; fluxo de alimentação de 5mL/min e 100% de rendimento do exaustor com diferentes razões de MTX na matriz polimérica (10%, 20%, 30% e 50%). Para o ensaio-piloto de liberação in vitro, micropartículas contendo quantidades conhecidas de fármaco foram incubadas em tubos com 4mL de solução tampão fosfato pH 7,4, e mantidas em banho termostatizado à 37°C ± 0,2°C. Em intervalos de tempo pré-estabelecidos, os tubos foram centrifugados com posterior retirada do sobrenadante para análise espectrofotométrica no ultravioleta em 303nm. A metodologia analítica foi validada. Todas as análises foram realizadas em quadruplicata.

RESULTADOS:

A eficiência de encapsulação obtida variou entre 83% e 92% nos sistemas estudados. A partir desse dado e de estudos anteriores da solubilidade do MTX no meio de liberação proposto, foram realizados os ensaios de liberação in vitro, demonstrando para todos os sistemas, em diferentes proporções MTX-QTS, um perfil de liberação prolongada. As micropartículas de quitosana foram submetidas à microscopia óptica, constatando sua forma esférica, característica extremamente relevante para a liberação do fármaco.

CONCLUSÃO:

Os sistemas microparticulados de quitosana contendo o metotrexato foram obtidos com sucesso, demonstrando altos níveis de eficiência de encapsulação, bem como um perfil de liberação prolongada nas diferentes razões fármaco/polímero.

Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (processo nº479195/2008-0), PROPESQ-UFRN
Palavras-chave: Metotrexato, Micropartículas, Liberação prolongada.