62ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia |
ATIVIDADE ANTIEDEMATOGÊNICA DA LECTINA DE SEMENTES Abelmoschus esculentus |
Lucas Ferreira Brito 1 Nilson Vieira Pinto 2 Geórgia de Sousa Ferreira Soares 3 Tatiane Santi-Gadelha 4 Ana Maria Sampaio Assreuy 5 |
1. Instituto Superior de Ciências Biomédicas, UECE, Fortaleza/CE 2. Instituto Superior de Ciências Biomédicas, UECE, Fortaleza/CE 3. Departamento de Biologia Molecular, UFPB, João Pessoa/PB 4. Departamento de Biologia Molecular, UFPB, João Pessoa/PB 5. Instituto Superior de Ciências Biomédicas, UECE, Fortaleza/CE |
INTRODUÇÃO: |
Lectinas são proteínas capazes de reconhecer sítios específicos em moléculas e ligar-se reversivelmente a carboidratos, sem alterar a estrutura covalente das ligações glicosídicas dos sítios. As lectinas são distribuídas em uma ampla variedade de espécies de plantas, presentes em maior quantidade em grãos de leguminosas e gramíneas. Baseado na demonstração do efeito antiinflamatório de outras lectinas de leguminosas pelo nosso grupo, avaliou-se no presente trabalho a atividade da lectina de sementes de A. esculentus sobre o edema de pata induzido pelos agentes flogísticos carragenina, que induz edema rico em infiltrado celular, e dextrana, que induz edema de natureza osmótica em ratos. |
METODOLOGIA: |
A lectina de sementes da planta Abelmoschus esculentus (família Malvaceae) foi isolada por precipitação com sulfato de amônio (30-60g de saturação), seguido por cromatografia de troca iônica em DEAE-Sephacel. A atividade antiedematogênica foi avaliada |
RESULTADOS: |
O pré-tratamento e.v. dos animais com a lectina da semente de A. esculentus inibiu significativamente e de forma dose dependente o edema de pata induzido por carragenina (5,90 ± 0,41 unidades arbitrárias) nas doses de 0,01mg/kg (5,01 ± 0,31) em 15%; 0,1mg/kg (4,62 ± 0,28) em 22% e 1mg/kg (3,31 ± 0,28) em 44%, com efeito máximo na maior dose. Todavia, nesta dose, o tratamento endovenoso com a lectina (143,19 ± 8,59 unidades arbitrárias) não alterou o efeito edematogênico induzido por dextrana (148,52 ± 7,06). Este resultado sugere que a atividade da lectina de A. esculentus seja mais direcionada para os eventos celulares da inflamação aguda. |
CONCLUSÃO: |
A lectina de sementes de A. esculentus apresenta efeito antiinflamatório sobre edema de pata de cunho celular e não de natureza osmótica em ratos. |
Instituição de Fomento: CNPq, CAPES |
Palavras-chave: Lectinas, Inflamação, Edema de pata. |