62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 17. Planejamento e Avaliação Educacional
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL: UM ENSAIO SOBRE ESCOLHAS E CAMINHOS.
Amanda Nunes Pereira 1
Anara Nunes Pereira 1
Cinthya Monyque de Almeida Silva 1
Laize Helena Alves da Silva 1
Sheila Micaele Batista Justino 1
Luciene Chaves de Aquino 2
1. Graduandas em pedagogia da Universidade Federal da Paraíba/ UFPB - Bananeiras PB
2. Professora Doutora/ orientadora - Universidade Federal da Paraíba- Bananeiras PB
INTRODUÇÃO:

Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que têm por objetivo verificar as práticas de planejamento nas escolas. Precisamos de uma escola que satisfaça os desejos de um ambiente humanizador e emancipado, em que o educando possa se desenvolver, crescer como pessoa e como cidadão. Nesta o educador desenvolveria um trabalho menos alienado e alienante, que possa refletir sobre suas práticas, repensá-las da melhor forma, para que assim possa exercer seu papel de forma mais consciente e satisfatória para todos, buscando sempre novas alternativas de ensino para que ocorra realmente a aprendizagem. Para tanto, entendemos que o planejamento é um excelente caminho por contribuir com orientações técnico-científica e permitir uma reflexão da prática pedagógica. Apresentaremos reflexões em torno de conceitos de planejamento e suas atribuições na área educacional, em seguida elucidaremos como esta ocorrendo a sua aplicabilidade em sala de aula e por fim sistematizaremos os resultados da pesquisa e as nossas reflexões sobre o mesmos.

METODOLOGIA:

O primeiro momento foi marcado pela apropriação teórica focalizada no debate atual sobre o planejamento educacional. Nesse, foram definidos os critérios que nortearam a observação direta, em campo, dos espaços, ambientes, equipamentos e atividades, assim como também foram definidos os roteiros das entrevistas. No segundo momento realizamos a pesquisa de campo na escola de ensino Fundamental  Jardim da Infância Lobinho situada no município de Solânea/PB, onde entrevistamos os gestores e 30% do corpo docente da escola, no intuito de coletar dados sobre as práticas de planejamento da escola e dos professores. As entrevistas foram gravadas, transcritas e em seguida analisamos de forma qualitativa, permitindo-nos que interpretássemos o modo como ocorre o planejamento nas escolas e qual a visão dos professores sobre ele para que assim pudéssemos obter os resultados da pesquisa.

RESULTADOS:

O cotidiano escolar é feito de uma série de práticas como preencher formulários com objetivos, procedimentos metodológicos, conteúdos e avaliação dentre outros critérios que na maioria das vezes são feitas quase que mecanicamente, cumprindo formalidades e prazos, muitas vezes até sem sentido. Dentre outras reclamações dos professores, com os quais tivemos acesso na nossa pesquisa existem algumas que merecem nossa análise por serem recorrente entre as respostas, a saber: Coordenador/supervisor/orientadores cobram exaustivamente os professores para que entreguem as cadernetas e os planos; quando entregues esses planos são engavetados; a prática do professor em sala de aula não leva em conta o que foi posto no plano; Os planos são meras cópias dos livros didáticos, ou do plano do colega ou de um ano para o outro; as escolas têm textos belíssimos na sua filosofia, na agenda escolar, no regimento, e práticas bastante arcaicas e contraditórias; a escola faz proposta pedagógica ou planejamento só porque a segunda região de ensino pediu, ou melhor, para cumprir a "lei". É por esses depoimentos que percebemos o quanto é frágil e limitado o planejamento nas escolas.

CONCLUSÃO:

Ao final desse trabalho podemos afirmar que o planejamento é uma temática muito complexa e cheia de interpretação por muitos sujeitos e profissionais da educação, obtivemos êxito no nosso trabalho uma vez que podemos compreender como ocorre o planejamento nas escolas, porém não muito satisfatório para nós como futuras e atuais profissionais da educação uma vez que notamos um distanciamento entre teoria e prática no que se refere ao planejamento nas escolas, por isso concluímos que as práticas de planejamento educacional precisa de passar por mudanças, tanto de concepção, quanto de ação, pois já dizia o poeta: não podemos ter a esperança de predizer o futuro, mas podemos influir nele.

Palavras-chave: Escola, planejamento, professores.