D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública |
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DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES E QUALIDADE DE VIDA EM TRABALHADORES DE HIGIENE HOSPITALAR |
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Francisca Francineide Andrade da Silva 1 Mariliz Christina Maciel da Silva 1 Danielle Freire Tertuliano 1 Karla Gardênia Silva Souza 1 Danyella Augusto Rosendo da Silva Costa 2 Richardson Augusto Rosendo da Silva 3
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1. Departamento de Enfermagem -UERN 2. Enfermeira do Trabalho, IFRN 3. Prof. Dr./Orientador, Departamento de Enfermagem, UFRN
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INTRODUÇÃO: |
Os avanços tecnológicos conquistados crescentemente ao longo dos anos, em articulação com as transformações no mundo do trabalho, ao mesmo tempo em que propiciam várias facilidades para a vida em sociedade, trazem também velhos e novos problemas graves de saúde ao trabalhador. Entre os problemas de saúde decorrentes das condições de trabalho, este estudo volta-se para um conjunto de patologias, síndromes ou sintomas músculo-esqueléticos que surgem como consequência do respectivo processo de trabalho. Estudos têm demonstrado que trabalhadores de limpeza, a nível hospitalar, apresentam com o passar dos anos, um índice de capacidade para o trabalho comprometido, relacionado com a predominância de demanda física nas atividades de higiene com o processo precoce de envelhecimento da classe trabalhadora. Diante do exposto, justifica-se a necessidade de mais estudos sobre trabalhadores de limpeza hospitalar, uma classe esquecida e que interage direta ou indiretamente com o atendimento ao cliente/paciente e com as condições de saúde e segurança dos trabalhadores, pacientes e do ambiente hospitalar. Nesse contexto o presente estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde e aos distúrbios osteomusculares em trabalhadores de limpeza hospitalar. |
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METODOLOGIA: |
Trata-se de um estudo descritivo, de cunho quantitativo, realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal/RN, tendo como foco da análise, o serviço de limpeza do ambiente hospitalar. A população foi composta pelo universo dos trabalhadores de limpeza do hospital campo de estudo (46 trabalhadores). O estudo foi realizado utilizando-se os seguintes instrumentos: Caracterização dos Trabalhadores, SF-36 - Medical Outcomes Study 36 - item short-form health survey e o Questionário Nórdico de Distúrbios Musculoesqueléticos - Nordic muscoloskeletal symptoms. A coleta de dados foi aplicada por meio de entrevista individual com cada trabalhador, no decorrer do mês de setembro de 2009 a janeiro de 2010, com utilização dos instrumentos mencionados, e a análise estatística foi realizada com auxílio do software SPSS, versão 15.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, nos termos das Resoluções 196/96. |
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RESULTADOS: |
A grande maioria da força de trabalho encontrada foi composta por trabalhadoras do sexo feminino, com idade média de 45 anos. A Capacidade Funcional apresentou a maior pontuação e o Estado Geral de Saúde, Vitalidade e Dor, as menores pontuações. Os resultados demonstraram que 50% dos trabalhadores de limpeza indicou os ombros como o segmento corporal mais atingido pelos sintomas osteomusculares, para muitos até impedindo a realização de tarefas e levando à procura de consultas com profissionais da saúde. Para verificar as diferenças entre os trabalhadores estudados, foram avaliadas as médias dos domínios do SF-36 de acordo com a presença ou ausência de sintomas osteomusculares encontrados no Questionário Nórdico. |
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CONCLUSÃO: |
Considerando que os distúrbios osteomusculares estão vinculados em princípio à forma como o trabalho é organizado, a prevenção de riscos para sua ocorrência dá-se, sobretudo, em mudanças na organização do trabalho. A vigilância da saúde desses trabalhadores estende-se da atenção a eles para ações junto aos empregadores e em todo espaço de trabalho na sociedade atual. Novos modelos na perspectiva da integralidade das ações de atenção, vigilância, educação e promoção à saúde do trabalhador têm seus desenhos sendo demandados e esboçados pelas condições colocadas pela realidade. |
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Palavras-chave: Saúde ocupacional, Qualidade de vida, Transtornos traumático. |