62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 4. Enfermagem Obstétrica
CÂNCER DO COLO UTERINO E SUAS RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS: ESTUDO DE CASO
Rosa Aparecida Nogueira Moreira 1
Lívia Moreira Barros 1
Mirna Fontenele de Oliveira 1
Thiago Moura de Araújo 1
Milena Jamile de Assis Sisnando 1
Joselany Áfio Caetano 1
1. Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará/UFC
INTRODUÇÃO:

O câncer é um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, existem cerca de seis milhões de mulheres entre 35 a 49 anos que nunca realizaram o exame citopatológico do colo do útero (Papanicolau), na faixa etária onde mais ocorrem casos positivos de câncer do colo do útero. A conseqüência são milhares de novas vítimas a cada ano. O pico de incidência do câncer do colo uterino, intimamente relacionado à infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano), situa-se entre os 40 a 60 anos de idade ocorrendo em média, 10 a 20 anos após a infecção pelo vírus. O HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero, sendo uma infecção viral cuja principal via de transmissão é a sexual. A importância da conscientização do exame de prevenção do câncer de colo cérvico uterino anualmente aumentará a sobrevida de mulheres e as tornará ativas por um período prolongado O objetivo desse estudo foi compreender a resposta imune do organismo contra a neoplasia, através da identificação dos exames mais utilizados para o diagnóstico e conhecer as medidas profiláticas-terapêuticas.

METODOLOGIA:

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado em novembro de 2009, como atividade da disciplina de Imunologia Aplicada à Enfermagem, no Instituto do Câncer em Fortaleza - CE. Foi realizado o exame  de colpocitologia e o tratamento indicado nessa unidade de saúde para a prevenção do câncer de colo uterino. Foram respeitados os aspectos éticos e legais de pesquisas envolvendo serem humanos, conforme resolução 196/69.

RESULTADOS:

Entre todos os tipos de câncer,o HPV, é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura chegando a perto de 100%, quando diagnosticado precocemente e podendo ser tratado em nível ambulatorial em cerca de 80% dos casos. Os exames de diagnósticos mais utilizados na clientela estudada foram o clássico Papanicolau e a colposcopia. Caso fosse identificada alguma lesão, procedia-se à uma biópsia. Nenhum tipo de tratamento é capaz de erradicar o HPV, apenas tratar as lesões e evitar seu desenvolvimento. Portanto, o objetivo do tratamento é a remoção da lesão, a melhora clínica e evitar a transmissão do vírus, além de impedir o desenvolvimento da neoplasia. De acordo com o que preconiza a literatura disponível sobre a temática, a displasia da amostra estudada foi tratada com laser, conização  ou crioterapia. Cirurgia, radioterapia ou quimioterapia são tratamentos usados em estágios mais avançados do câncer de colo uterino. Algumas vezes, é necessário mais de um tipo de tratamento. Se o câncer não tiver em metástase e a mulher desejar engravidar no futuro, dependendo do caso, pode ser feita uma conização. Se a paciente não quiser mais engravidar, pode-se cogitar a realização de uma histerectomia.

CONCLUSÃO:

Concluímos que o câncer de colo uterino é uma patologia que possui uma incidência muito alta em mulheres que não realizam os exames de prevenção, como o Papanicolau, regularmente, sendo essencial a realização dos mesmos para o diagnóstico precoce da neoplasia visto que nenhum tratamento possui eficácia no combate ao vírus.

Instituição de Fomento: Programa educação pelo trabalho para saúde - PET-saúde, UFC
Palavras-chave: Câncer de colo uterino, Papilomavírus Humano, Papanicolau.