62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE MUDAS DE Copaifera multijulga HAYNE SUBMETIDOS A DIFERENTES SUBSTRATOS E SOMBREAMENTO
Francilene de Lima Tartaglia 1
Paula Carvalho Dutra 2
Gabriel Araújo Paes Freire 2
Maria Elessandra Araújo 2
Andreza Pereira Mendonça 2
Rita Morgana Souza de Melo 3
1. Centro Universitário Luterano de ji-Paraná - ULBRA
2. Instituto Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná, IFRO
3. Centro Universitário Luterano de Manaus -ULBRA
INTRODUÇÃO:

No Brasil ocorrem pelo menos 21 espécies do gênero Copaifera, cinco na Amazônia brasileira, dentre elas a C. multijuga Hayne. A espécie tem sido indicada para recuperação de áreas degradadas, devido seu uso múltiplo: a madeira usada pela indústria de compensado e o óleo-resina pelas empresas de fitoterápicos e cosméticos. A produção de mudas de espécies florestais, em quantidade e qualidade, é uma das fases mais importantes para o estabelecimento de povoamentos. Nesse sentido, esforços tem sido realizados para melhorar a qualidade e reduzir os custos de produção das mudas.O substrato se destaca por apresentar as funções básicas de sustentação da planta e o fornecimento de nutrientes, água e oxigênio.  Os substratos devem apresentar dentre as características desejáveis: baixo custo, suficiente teores de nutrientes correspondentes as exigências nutricionais da espécie e ainda boas propriedades físicas, como aeração, textura e retenção de água. Contudo, há pouca indicação na literatura de um substrato que apresente boas características físico-química possibilitando maior desenvolvimento de mudas de copaíba combinado a melhor luminosidade. Portanto, o trabalho tem como objetivo avaliar o desenvolvimento de mudas de copaíba sob diferentes substratos e níveis de luminosidade.

METODOLOGIA:

Frutos e sementes de copaíba (Copaifera multijuga Hayne.) foram coletados em duas ilhas as margens do Rio Machado, município de Ji-Paraná, coordenadas: 10°54'39.18"S, 61°56'35.49"W. As plântulas semeadas em areia lavada foram transplantadas para sacos plásticos de polietileno de 17 x 22 cm. O acompanhamento do desenvolvimento das mudas foi no viveiro com sombrite proporcionando 50% de sombra e a céu aberto. As mudas foram submetidas a diferentes tipos de substratos: T1 - areia + subsolo (1:1); T2 - areia + subsolo + palha de arroz carbonizado (1:1:1) T3 - areia + subsolo + palha de arroz (1:1:1). Para avaliar a influência do substrato no desenvolvimento das mudas foram avaliados, nos períodos de 30 e 60 dias, 10 mudas por tratamento, os seguintes parâmetros: comprimento da parte aérea - considerou-se da superfície do solo do recipiente até gema apical, com auxílio de uma régua graduada. Diâmetro a altura do colo - medido a 1 cm acima do solo do recipiente, com auxílio de um paquímetro. Peso seco da parte aérea, da raiz e total - na determinação do peso seco, as mudas foram colocadas em estufa com circulação forçada de ar à temperatura de 60oC, até atingir peso constante. O peso da matéria seca total foi obtido por meio da soma dos pesos das outras matérias seca da plântula.

RESULTADOS:

As mudas de copaíba submetidas ao tratamento T2 apresentaram maior crescimento em altura sob os dois níveis de sombreamentos, 0 e 50%, respectivamente (21,4 e 24,7 cm) com diferença significativa em relação ao tratamento T3 e também em desenvolvimento do diâmetro a altura do colo, respectivamente (0,5 e 0,6 cm), sendo que aos 60 dias o tratamento T2 apresentou diferença significativa em relação aos demais tratamentos. O peso da matéria seca total foi maior no tratamento T2 nos dois níveis de sombreamento em relação aos demais tratamentos. O peso seco da raiz foi maior nas mudas sob o tratamento T2 nos sombreamentos 0% e 50%, respectivamente (0,6 e 1,0g) em relação aos demais tratamentos. Os pesos secos das folhas e caules também foram maiores nas mudas sob o tratamento T2 em relação aos demais tratamentos. O tratamento T2 apresentou diferença significativa do peso da matéria seca das folhas aos 30 dias em relação ao tratamento T1. Possivelmente, a combinação de areia, subsolo e palha de arroz carbonizado tenha possibilitado melhores condições físicas e químicas em relação aos outros substratos formados e, conseqüentemente, permitiu maior desenvolvimento das mudas.

CONCLUSÃO:

O substrato formado de areia, subsolo e palha de arroz carbonizado combinado a plena luz possibilitaram maior desenvolvimento biométrico das mudas de copaíba em relação aos demais tratamentos avaliados.

Instituição de Fomento: IFRO
Palavras-chave: copaíba, mudas florestais , Amazônia Ocidental.