62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RECUPERAÇÃO PUERPERAL DA DIÁSTASE DO RETO ABDOMINAL COM E SEM INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Heloise Fernandes Martins 1
Lílian Lira Lisboa Fagundes Galvão 1
Paula Pinheiro Ventura 1
Thaisa Caline dos Santos Barbalho 1
Elizabel de Souza Ramalho Viana 1
1. Departamento de Fisioterapia , Universidade Federal do Rio Grande do Norte -UFRN
INTRODUÇÃO:
A gravidez é caracterizada por vários ajustes musculoesqueléticos, dentre os quais está a diástase dos retos abdominais (DMRA), decorrente do estiramento da musculatura abdominal, que pode ser observada no segundo trimestre da gestação, com uma maior incidência no terceiro trimestre e no pós-parto imediato
METODOLOGIA:
Este estudo foi realizado no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), Santa Cruz - RN, com participação de 16 mulheres no puerpério imediato. A amostra foi distribuída em dois grupos: um grupo controle- GC - (8 mulheres), no qual se verificou a medida da diástase às 6 e 18 horas após o parto, e um grupo de tratamento - GT- (8 mulheres), em que, além da mensuração descrita acima, foi submetido a um protocolo de intervenção fisioterapêutica, com exercícios direcionados para a musculatura abdominal, nos dois momentos supracitados. Para análise estatística foi realizado Análise de Variância (ANOVA), para comparação entre os grupos controle e de tratamento. Para a comparação entre as 3 medidas referentes ao grupo tratado, foi realizado o teste de Friedman para comparar as medidas das diástases supra e infra umbilicais.
RESULTADOS:
A idade média das participantes variou entre 25,8 (± 6,1) para o GC e 28,1 (± 6,6) para o GT. Em relação à idade gestacional (semanas), a média encontrada nas mulheres do GC foi 39,3 (± 1,5 e 39,1 (± 1,0) para o GT. Na mensuração da DMRA supra-umbilical do GC e GT, constatou-se uma interação significativa na relação Tempo*Grupo, com p-valor de 0,00000043. Observou-se que, no tempo de 6 horas pós-parto, as médias da diástase dos dois grupos foram bastante próximas, sendo o do GC de 45,5 ± 9,5mm, enquanto no GT foi de 45,4 ± 3,9mm. No tempo de 18 horas (2ª intervenção), o GT mostrou uma média de diástase supra-umbilical significativamente menor (33,0 ± 4,3mm), do que o GC (41,2 ± 9,5mm).
CONCLUSÃO:
Constatou-se que a intervenção fisioterapêutica no puerpério imediato possui importante influência na recuperação da diástase dos retos abdominais em puérperas submetidas ao programa de exercícios direcionados e sob supervisão fisioterapêutica, na fase imediata do pós-parto. Foi constatada uma redução das medidas da diástase, tanto infra quanto supra-umbilical, após a realização de cada intervenção, demonstrando a influência da atenção fisioterapêutica no puerpério imediato.
Palavras-chave: Puérperas, Diástase, Intervenção Fisioterapêutica.