62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública |
PANORAMA DOS CASOS DE HANSENÍASE NA ZONA URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2009 |
PABLO DE CASTRO SANTOS 1, 2, 3 ANA KARINNE DE MOURA SARAIVA 1, 2 |
1. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2. UnP - Universidade Potiguar 3. UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi Árido |
INTRODUÇÃO: |
A hanseníase é uma doença milenar infecto-contagiosa e crônica causada pelo hospedeiro intracelular obrigatório Mycobacterium leprae, foi descrita em 1873 por A. G. H. Hansen sendo a primeira bactéria patogênica para o homem. Os registros mais antigos datam de |
METODOLOGIA: |
Este trabalho apresentou caráter quanti-qualitativo, os dados foram compartilhados pela equipe multidisciplinar da Vigilância epidemiológica do Município de Mossoró. Os casos de notificação analisados ocorreram entre Janeiro de 2004 e Dezembro de 2009. Posteriormente foram tabulados conforme Bairro/Ano, Zona Rual/Ano e número de casos/Ano para posterior análise. O software Origin® 5.0 foi utilizado para compilação dos dados, a metodologia estatística empregada foi de variável quantitativa discreta e variável qualitativa ordinal. |
RESULTADOS: |
Em 2004 a Zona Rural apresentou 76 casos notificados, já nos anos de 2005 encontramos 11 notificações, em 2006 foram 9 casos, já em 2007 encontramos 22 casos, em 2008 , 5 casos e em 2009, 3 notificações, totalizando uma média 21casos por ano, podemos observar um decréscimo de 61% dos casos de notificação entre 2004 e 2009. Ao mesmo tempo em que parece ser otimista esse dado, pode nos revelar uma deficiência nas políticas/programas de notificação e combate a hanseníase, não nos permitindo inferir que estes realmente são significativamente menores. Os Bairros urbanos apresentaram 38 casos em 2004, 161 em 2005, no ano de 2006 foram 128 notificações, já em 2007, temos 190, em 2008 são 109 casos e encontramos 75 casos apresentados em 2009, totalizando uma média de 130,3 casos por ano na Zona Urbana. Os bairros que apresentaram maiores notificações foram o Santo Antonio, com 171 casos, em seguida os Bairros Belo Horizonte e Barrocas com 88 notificados em cada, posteriormente o Bairro Aeroporto com 42 casos e Abolição com 40. Talvez por se tratarem de bairros menos favorecidos em termos de infra-estrutura de saúde e educação, além das proximidades entre as residências e o elevado número de habitantes por metro quadrado, favoreçam a dispersão do bacilo e infecção em maior número. |
CONCLUSÃO: |
Este trabalho foi importe pela iniciativa de tentar descobrir a relação de casos por ano nos bairros urbanos e Zona Rural assim como acompanhar suas variações no decorrer dos últimos seis anos. Foi observado que as médias de notificações na zona urbana foram 6,2 vezes maiores que na zona rural e que os bairros menos favorecidos em relação à saúde e educação e com elevado numero de pessoas por metro quadrado podem favorecer a transmissão do M. leprae. A partir dessa realidade pode-se pensar em novas estratégias diferenciadas das que já são aplicadas na mitigação desses casos. |
Palavras-chave: Hanseníase, Mycobacterium leprae, Epidemiologia. |