62ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ENSINO DE FÍSICA COM OS ALUNOS DE ESCOLAS PUBLICAS A PARTIR DO PROJETO "CURSINHO ALTERNATIVO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARÁ".
Taynná Nayara Barreiros Arrais 1
Larissa Maciel do Nascimento 2
Altem Nascimento Pontes 3
Carine Barros Fonseca 4
Marcos Paulo dos Santos Vulcão 5
1. Universidade Estadual do Pará
2. Universidade Estadual do Pará
3. Universidade Federal do Pará, Orientador Prof. Doutor
4. Universidade Estadual do Pará
5. Universidade Estadual do Pará
INTRODUÇÃO:
Ensino de Física, o trabalho desenvolvido no Ensino Médio acaba sendo o reflexo da concepção de Ensino de Física valorizada pelas instituições de ensino superior em seus processos seletivos. Isso pode contribuir para o distanciamento entre o que é ensinado e a realidade do aluno. Já a Reforma Educacional que prevê um Ensino de Física que contribua para a construção do conhecimento científico, e promova no aluno, através do estudo de conceitos, leis, modelos e teorias, a compreensão do mundo que o cerca. Reconhece-se há muito tempo a inadequação do ensino da Física ministrado nas escolas e universidades brasileiras. Diversas causas têm sido apontadas e muito tem sido feito nos últimos anos para alterar esse quadro. O que ainda se verifica, no entanto, é um ensino caracterizado por uma atenção excessiva a exercícios repetitivos e uma abordagem que privilegia o cálculo de velocidades, acelerações, forças, etc., em detrimento de uma análise mais profunda visando a compreensão dos fenômenos físicos envolvidos. Nesta abordagem o aluno tem contato com acontecimentos e fenômenos de seu cotidiano; relacionados aos conteúdos específicos em estudo, criando soluções problemas, cuja análise estabelece novos significados para os temas abordados. Tem se verificado, a partir da utilização desse procedimento um maior envolvimento dos alunos com as questões e atividades propostas em sala de aula, uma maior interação entre a classe, com a realização de discussões em torno dos assuntos. Além disso, percebe-se um avanço no que se refere a sistematização do conteúdo estudado com uma clara melhoria nos conceitos físicos e sua aplicação na explicação dos fenômenos físicos. Textos encontrados em periódicos, revistas e jornais, de circulação nacional e regional, permitem a compreensão de conceitos físicos necessários à construção do conhecimento e apresenta-se como um recurso didático que, diferentemente das práticas tradicionais, possibilita a realização de atividades em que os alunos podem tomar posição e construir juízos de valor, para recriar, estabelecer relações e mobilizar seus conhecimentos para a sua vivência diária. A avaliação tornar-se-á essencial para o sistema escolar, a partir do momento em que crie condições para a reflexão sobre o que é, verdadeiramente, ensinar e educar. Isto ocorrerá no momento em que os educadores, voltados para uma prática extremamente tradicional, deixem de considerar o ato de avaliar como medidor da qualidade de ensino dentro do sistema escolar. Nossa preocupação no ensino da Física escolar é que o professor, enquanto mediador no processo de ensino aprendizagem e aquisição do conhecimento, possa propor aos alunos uma relação a partir de uma reflexão conjunta em que ambos, professor e aluno, construam uma nova forma de aquisição do conhecimento. Ou seja, em sentido mais amplo: o professor de Física não deve se preocupar apenas com as dimensões técnicas e teóricas, mas deve se preocupar em fazer com que a Física seja pensada pelo aluno também fora do espaço da escola. O trabalho destaca uma pesquisa realizada em um projeto de ensino realizado na Universidade Estadual do Pará, onde esta desenvolve em ajudar alunos de redes publicas de ensino a ter acompanhamento para a entrada nas universidades publicas, desenvolvendo o cursinho alternativo que ocorre todos os sábados com as disciplinas de Física, Química e Biologia disponibilizando turmas de ensino médio de várias escolas publicas de Belém.
METODOLOGIA:
Realizamos um simulado para três turmas 1°, 2° e 3° para analisarmos o desempenho de todos os alunos sendo eles de escolas diferentes e métodos de aprendizagem distintos, não obtendo nenhuma aula dos professores voluntários ainda em formação da universidade. Foi organizado o simulado do 1° ano com 10 questões, 2° ano com 20 questões e 3° ano com 30 questões de Física objetivas e contextualizadas com base no modelo de vestibular atual. Foi estipulado horário para a realização das questões destacando que na pesquisa não houve somente teste de Física mais de Química e Biologia mais só destacamos a área especifica para a verificação dos dados.
RESULTADOS:
Foram encontrados seguintes resultados: 1º Ano total de alunos 60 0 - 2 questões: 78,5% 3 - 4 questões: 21,5% 5 - 6 questões: 0,0% 7 - 8 questões: 0,0% 9 - 10 questões: 0,0% 2° ano total de alunos 40 0 -5 questões: 72,5% 6 -10 questões: 27,5% 11- 20 questões: 0,0% 3° ano total de alunos 58 0 -5 questões: 27,5% 6 -10 questões: 15,5% 11 - 20 questões: 57,0% 21 - 30 questões: 0%
CONCLUSÃO:
A partir destes dados e levando em consideração que estes alunos vieram de diferentes escolas da cidade de Belém-PA, presumimos um déficit muito grande em relação ao ensino de física nas escolas públicas, que por eventual ocasião pode ser conseqüência da uma formação incompleta por parte dos professores, como também o uso de metodologias incoerentes para com estes alunos. A formação dos alunos nos remete a erro por parte do sistema educacional que nos deixa resultados estagnantes visados neste estudo, cujos dados são bastante relevantes ao se observar os baixos índices de acertos em um simples teste referente às questões cotidianas de físicas.Vimos que nos como profissionais da area de educação temos que estar com um olhar critico e reflexivo sobre tal resultados obtidos buscando metodologias de trabalho para o melhor entendimento do aluno.
Instituição de Fomento: Universidade do Estado do Pará
Palavras-chave: índices educacionais, física aplicada, educação.