62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 6. Enfermagem Psiquiátrica |
AGENTES COMUNITARIOS DE SAÚDE: SABERES E PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL |
Natália da Silva Oliveira 1 Helena Karolyne Arruda Guedes 1 Tâmara Cristina Brito Rodrigues 1 Joana Celine Costa Silva 2 Francisca Bezerra de Oliveira 1 |
1. Universidade Federal de Campina Grande - UFCG 2. Centro de Atenção Psicossocial - Pau dos Ferros - RN - CAPS |
INTRODUÇÃO: |
A assistência |
METODOLOGIA: |
Trata-se de estudo exploratório, com abordagem qualitativa. Esta pesquisa teve como cenário de estudo a Unidade de Saúde da Família do Bairro São José, localizada no município de Cajazeiras - PB. O Bairro São José está situado na zona norte do município, sendo um dos mais populosos e carentes. Atualmente, conta com uma Unidade de Saúde da Família que é composta por duas equipes (uma da prefeitura e uma da Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras do CFP/UFCG), atendendo a uma demanda de 1.235 famílias. Na Unidade existem 02 Enfermeiras, 02 Médicos, 04 Técnicos de Enfermagem, 02 Dentistas, 01 Agente Administrativo, 02 Auxiliares de Serviços Gerais, 01 Técnico |
RESULTADOS: |
Foram entrevistados 07 das 09 ACS, pois duas se recusaram a responder a entrevista. Todas as participantes são do sexo feminino, com faixa etária entre 28 à 55 anos. A maioria (85%) apresentou boa escolaridade. 70% das participantes trabalham há mais de 10 anos na ESF. Sobre a concepção da loucura algumas tentaram explicar que a loucura é a ruptura de papéis socialmente esperados: "Perde a noção do certo ou errado"; "Não está na realidade". Todas as ACS relataram a presença de usuários com transtornos mentais em suas microáreas, porém ressaltaram que não há um registro sistematizado dos casos. O ACS circula cotidianamente pelos dois cenários (comunidade e ESF), tornando-se um elo entre o serviço e a comunidade, sendo o profissional da equipe que se faz mais presente na comunidade e é com ele, que se inicia na maioria das vezes, a relação entre usuário e equipe de saúde. As ACS relataram também um modo diferenciado de se comunicar com os pacientes: "Uma conversa e uma escuta". No entanto, destacaram algumas dificuldades como: "Falta de preparação, medo de determinados pacientes". Com relação às instituições de tratamento 57% das entrevistadas afirmaram que o CAPS é o modelo a ser seguido. Mais uma vez, percebe-se que falta uma articulação entre saúde mental e ESF. |
CONCLUSÃO: |
Apesar de todos os esforços e avanços que a Reforma Psiquiátrica tem possibilitado acerca da compreensão e forma de lidar com o sofrimento mental e sua importância dentro do contexto familiar, preconizando uma articulação entre esse campo do saber e a ESF, muitas são as dificuldades e os obstáculos a serem vencidos. Ainda permanece o estigma em relação à doença mental, sendo necessário desmistificar a idéia que o doente mental é um ser perigoso, incapaz de viver |
Palavras-chave: Agente Comunitário, Saúde Mental, ESF. |