62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 5. Enfermagem Pediátrica
INCIDÊNCIA DE MORTALIDADE NEONATAL EM CAMPINA GRANDE PB
Aleksandra Pereira Costa 1
Jank Landy Simôa Almeida 2
Ana Rita Ribeiro da Cunha 1
Rosane Arruda Dantas 3
Chirlaine Cristine Gonçalves 1
Maria Cidney da Silva Soares 1
1. Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande
2. União de Ensino Superior de Campina Grande
3. Universidade Federal da Paraíba
INTRODUÇÃO:
Em termos quantitativos o coeficiente de óbitos neonatais explicita a medição do nível de saúde materno-infantil, além de denotar o reflexo do impacto das ações sobrepostas das populações e o seu desenvolvimento. Ao longo dos anos, as ações de acessibilidade ao pré-natal, criação dos sistemas de informações, impulsionaram um decréscimo nos índices de óbitos neonatais, porém essas premissas são insuficientes para controlar e erradicar as mortes entre os neonatos, pois fatores inerentes à gestação, parto e adaptação extra-uterina imergem riscos de magnitude expressiva. A partir dessa problemática, surgiu o interesse em aprofundar a temática, identificando a incidência da mortalidade neonatal em Campina Grande-PB, entre os anos de 2007 a 2009, objetivando investigar a freqüência de óbitos neonatais por idade de vida assim, como, averiguar o peso dos neonatos.
METODOLOGIA:
Estudo documental-descritivo retrospectivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido no Instituto de Sáude Elpídio de Almeida (ISEA), no município de Campina Grande-PB, sendo a mesma referência na cidade. Para levantamento dos dados documentais foi analisado o livro de óbito de neonatos, no período citado, obtendo 308 casos, sendo o instrumento utilizado um formulário para controle dos dados consultado. Os resultados foram apresentados, analisados e discutidos através de interpretações estatísticas descritas sendo inseridos esses dados nos softwares Word e Excel, com a finalidade de obter uma melhor visualização na consolidação das informações.
RESULTADOS:
Verificou-se um maior percentual de mortes entre os neonatos no ano de 2008, representado por 40,26% dos casos; em seguida aponta-se o ano de 2007 com incidência de 31,17% dos casos; logo após mostra-se em 2009 um percentual de 28,57% dos casos.A distribuição percentual de mortes entre os neonatos classificados segundo sua idade gestacional, ficou evidenciado o maior número de óbitos neonatais ocorridos entre os neonatos com idade gestacional inferior a 37 semanas, contabilizando um percentual de 79,08% dos casos. Entre os neonatos com idade gestacional de 37 a 42 semanas, averiguou-se um total de 19,28% dos casos, seguidos por RN's de idade gestacional superior a 42 semanas, que contemplaram apenas 1,64% dos casos.Quanto mortes entre os neonatos dispostos segundo seu peso, evidenciando o maior número de óbitos neonatais entre os bebês de peso inferior a 1500g, que abrangem um percentual de 59,75% dos casos. Entre os neonatos de peso 1500 a 2500 g, observou-se relativa discrepância em relação ao primeiro grupo, pois numerou um índice de 24,00%. Em relação aos neonatos de peso superior a 2500g o decréscimo foi ainda maior, apresentaram percentual de 17,25%, compatibilizando a convergência de quanto menor for o peso maior o risco, maior é a distribuição desses óbitos
CONCLUSÃO:
A partir da análise geral dos dados pesquisados, percebe-se que a minimização das repercussões das mortes neonatais ainda constitui um grande desafio para a saúde pública, pois a atuação no componente materno-infantil requer ações direcionadas, de punho propedêutico que evidenciem identificação e controle dos fatores de risco. O conhecimento a cerca de algumas variáveis determinantes merecem destaque, uma vez que diante da pesquisa realizada pode-se ter um panorama situacional de óbitos entre recém-nascidos de Campina Grande-PB, contribuindo na avaliação epidemiológica e sua influência na expectativa de vida dessa população.
Palavras-chave: Incidência, Materno Infantil, Óbitos.