62ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação |
AVALIAÇÃO FORMATIVA NO 4° E 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM MITO OU UMA PRÁTICA DOCENTE? |
Valderês da Conceição do Monte 1, 2 Carla Camila Silva dos Santos 2 Marcelly Nicácio da Silva 2 |
1. Secretaria de Educação de Pernambuco 2. Depto de Educação, Faculdade da Escada - FAESC |
INTRODUÇÃO: |
A avaliação da aprendizagem deve ser discutida e reelaborada diariamente na sala de aula, de modo a aumentar a eficácia do ensino e ajudar no esclarecimento dos significados, produzindo razões para a aprendizagem. Visou verificar se a avaliação da aprendizagem vem sendo efetuada de maneira formativa, no 4° e 5° ano do Ensino Fundamental; identificar as concepções de avaliação; verificar o que objetivam ao avaliar; identificar quais os tipos de avaliações utilizadas; No campo de Estágio, verificamos que os professores dizia promover uma avaliação contínua em sua prática diária, quando na realidade utilizavam as avaliações para ameaçar, repreender e dar notas aos alunos. Faz-se necessário a superação dessas práticas e a realização de uma avaliação formativa voltada para o desenvolvimento de habilidades, valores e conhecimentos do aluno. A avaliação deve possibilitar o aluno a analisar e avaliar seu próprio desempenho. Desse ponto de vista, observar, registrar, analisar, interpretar, e criar estratégias de intervenção, para que ele auxilie na aprendizagem e não, apenas, classifique. |
METODOLOGIA: |
Este estudo foi realizado em duas Escolas da rede pública, uma da rede Estadual e a outra da rede municipal localizadas em Ribeirão/PE. Os sujeitos foram 04 professoras, uma graduada em Teologia; outra em Pedagogia; as demais possuem o Normal Médio. Todas sempre lecionaram no Ensino Fundamental. Foram realizadas observações diretas da prática docente que consistiu na coleta e registros em formulário e fotografias. A entrevista semi-estruturada foi realizada, a partir de um roteiro com 06 (seis) questões, aconteceu na própria escola em uma das visitas, sem prévio aviso aos professores entrevistados e duraram em média 30 minutos, foram gravadas em MP3. Ainda foram analisadas as atividades presentes nos cadernos dos alunos que apresentam a mesma tipologia, com o intuito de identificar quais as estratégias avaliativas implícitas na prática pedagógica desses professores. Os dados obtidos nas observações, nas entrevistas e nos cadernos dos alunos, foram analisados, e em seguida realizado um confronto, entre eles, a fim de verificar se há uma relação direta entre o que os professores discursam e o que eles praticam. |
RESULTADOS: |
Compreendem a avaliação da aprendizagem, somente, como uma parte integrante e obrigatória da prática educativa, tendo a mesma como meio de alcance de méritos impostos por elas mesmas, descartando assim, o valor significativo da avaliação da aprendizagem que é centrar-se no desenvolvimento cognitivo, emocional e psicológico da criança. A maioria conhece a avaliação somativa, a formativa e a diagnóstica, e confunde tipos de avaliação com instrumentos avaliativos. São conhecedoras de alguns tipos de avaliação da aprendizagem, mas não conseguem conceituá-las, tão pouco diferenciar um tipo do outro. As professoras não sabem o que é avaliação formativa, desconhecem o que essa concepção avaliativa defende, e as práticas propostas por ela na busca do sucesso no processo de ensino/aprendizagem. Utilizam diversas atividades como instrumentos avaliativos, no entanto, ao apontarem tais atividades demonstram desconhecer o que é, para que, como e quando esses instrumentos devem ser empregados. Todas afirmam que ao avaliarem objetivam o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Mas demonstraram um desejo de transmitir conteúdos tendo os alunos como meros aprendentes de conteúdos, e demonstrar durante o cotidiano escolar, em atividades avaliativas, se o que foi ensinado, foi realmente aprendido. |
CONCLUSÃO: |
Conhecem tipos a somativa, formativa, diagnóstica, mas não conseguem conceituá-las, tão pouco diferenciar um tipo do outro; confundem tipos de avaliação com instrumentos avaliativos. Não conceituam avaliação formativa. Atribuindo conceitos de práticas avaliativas, que se limita em ações educativas voltadas para um processo de ensino/aprendizagem quantitativo que visa o acúmulo de notas e a classificação dos alunos, sem se preocupar com o processo de desenvolvimento e aquisição da aprendizagem. O objetivo da avaliação no processo de ensino/aprendizagem é transmitir conteúdos tendo os alunos como meros aprendentes. Utilizam-se da avaliação da aprendizagem como meio de reflexão sobre sua prática educativa, deixando de lado o resultado das situações promovidas, que venham possibilitar a aprendizagem dos alunos. Nas observações das práticas apresentam uma prática tradicional voltada para a memorização de conteúdos, cobrança de aprendizados e ameaças verbais. Nos cadernos dos alunos as atividades era tradicional, exigindo a memorização, sem nenhum significado para ele, e repetição dos conteúdos trabalhados. Nos discursos optam pelo redirecionamento da prática, mas deixam explicitos em sua fala e prática, estratégias de verificação momentânea e de cunho tradicionalista
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Palavras-chave: Avaliação formativa, Avaliação da aprendizagem , Ensino-Aprendizagem. |