62ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E FENÓIS TOTAIS DAS FRAÇÕES DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Ephedranthus parviflorus
Armenio André de Carvalho Almeida da Silva 1
Elcilene Alves de Sousa 2
Mariana Helena Chaves 3
1. Graduando - Depto. de Química - UFPI
2. Mestranda - Depto. de Química - UFPI
3. Profa. Dra/Orientadora - Depto. de Química - UFPI
INTRODUÇÃO:
Ephedranthus parviflorus S. Moore, pertence à família Annonaceae, conhecida popularmente como conduru ou tauari, tem grande ocorrência no Brasil nas regiões Norte (Acre, Amazônia, Pará, Rondônia e Tocantins), Nordeste (Ceará, Maranhão e Piauí) e Centro-Oeste (Mato Grosso). Seu período de floração ocorre nos meses de janeiro, junho, agosto, outubro e novembro e o período de frutificação em janeiro, agosto, outubro, novembro e dezembro. É uma planta melífera, madeireira, usada como forragem, fonte de energia e seus frutos são comestíveis. Considerando a riqueza de constituintes químicos de plantas da família Annonaceae e suas propriedades farmacológicas, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante das frações do extrato etanólico das folhas das espécie E. parviflorus.
METODOLOGIA:
O extrato EtOH das folhas, obtido por maceração, foi suspenso na mistura de MeOH/H2O (2:1) e submetido a uma partição líquido-líquido, obtendo-se as frações hexânica, diclorometânica (DCM), AcOEt e hidroalcoólica sucessivamente. Para avaliação da atividade antioxidante, utilizou-se solução estoque de DPPH em metanol a 40 µg/mL. A equação da curva de calibração do DPPH utilizada foi C = 35,846A - 0,230 (C = concentração de DPPH; A = absorbância no comprimento de onda de 516 nm e o coeficiente de correlação R = 0,9997). Soluções estoque das frações a 250 µg/mL foram diluídas em metanol nas concentrações de 200, 150, 100, 50 e 25 µg/mL. As medidas de absorbância das misturas reacionais (DPPH+amostra) foram feitas no 1°, 5°, 10°, 20º e 30 minutos. Para cada concentração testada, foi determinado o percentual de DPPH remanescente e a partir dos valores obtidos calculou-se a concentração eficiente (CE50) com o programa Microcal Origin 7,5. Os valores de absorbância, no tempo de 30 min, foram convertidos em porcentagem de atividade antioxidante (%AA). O teor de fenóis totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu, em equivalentes de ácido gálico. Todas as análises foram realizadas em triplicata utilizando espectrofotômetro HITACHI U-3000.
RESULTADOS:
A fração AcOEt apresentou um percentual de atividade antioxidante de 91,71±2,99% no ensaio com DPPH, mostrando-se similar ao controle rutina (91,43±0,54%) e superior ao BHT (89,88±0,83%). Enquanto a atividade antioxidante da fração hidroalcoólica foi de 77,22±2,99%, da DCM 38,36±2,64% e da hexânica 4,02±1,04%, todos avaliados a 250 µg mL-1. Os valores CE50, obtidas plotando-se as concentrações da amostra (µg/mL) na abscissa e as porcentagens de DPPH remanescente (%DPPHREM) na ordenada e calculada através de uma curva exponencial de primeira ordem foram: 76,35±3,32 µg/mL para a fração AcOEt, 115,09±3,63 µg/mL para fração hidroalcoólica e 273,51±1,07 µg/mL para DCM. Devido a baixa atividade antioxidante da fração hexânica não foi possível calcular sua CE50. O conteúdo de fenóis totais, determinado pelo método Folin-Ciocalteu em mg de equivalente de ácido gálico (EAG) por grama de extrato, foi 518,33±16,50; 276,00±12,02; 170,00±3,53; 31,33±2,67 para as frações AcOEt, hidroalcoólica, DCM e hexânica, respectivamente, em concordância com a maior atividade antioxidante da fração AcOEt.
CONCLUSÃO:
Os resultados obtidos direcionam a estudos posteriores a fim de isolar e caracterizar as substâncias responsáveis pelas ação antioxidante apresentada na fração AcOEt do extrato etanólico de E. parviflorus.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Palavras-chave: Ephedranthus parviflorus, Atividade Antioxidante, Fenóis totais.