62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
NÍVEL DE ESCLARECIEMNTO SOBRE O ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) E RELAÇÃO COM O GRAU DE ESCOLARIDADE NO MUNICIPIO DE MOSSORÓ-RN
ROSYNARA DA SILVA OLIVEIRA SALES 1
MARIZE CLAIRE DE LIMA MELO 1
OZIEL TARDELY SOUSA FARIAS 1
DANIELE LORENE DE LIMA REBOUÇAS 1
SALVADOR VIANA GOMES JUNIOR 1
PABLO DE CASTRO SANTOS 2, 1
1. Universidade Potiguar
2. Universidade Federal Rural do Semi Árido
INTRODUÇÃO:
O Acidente Vascular Encefálico(AVE) é a doença neurológica que compromete o sistema nervoso e é a principal causa de incapacidades físicas e mentais. Representa um importante problema de saúde pública no mundo e de destaque no Brasil, já que é uma das doenças que causam maior mortalidade. Cerca de 80% dos AVE, são Isquêmico, a qual ocorre por oclusão de um vaso sangüíneo que irriga determinada região encefálica, privando essa região de nutrientes e oxigênio. O tipo mais grave e de delicado prognóstico é o AVE Hemorrágico, corresponde há 20% dos casos, o qual ocorre pela ruptura de um vaso, havendo extravasamento de sangue para o parênquima Encefálico e/ou para o espaço subaracnóideo, levando à formação de um coágulo que acaba aumentando a pressão intracraniana, afetando assim a função neural. Vários fatores de risco são descritos e comprovados para o acometimento por AVE, podemos destacar a Hipertensão, Diabetes, Sedentarismo, etilismo e o tabagismo, como principais fatores em potencial. O presente estudo objetivou traçar o nível de informação da população de Mossoró sobre o Acidente Vascular Encefálico, dando ênfase à relação da doença/sexo/nível de escolaridade e fatores de risco em potencial para o acometimento.
METODOLOGIA:
A metodologia adotada ao presente estudo possui um caráter estatístico do tipo quanti-qualitativo, a qual foi submetida a um estudo piloto no centro de cidade de Mossoró-RN, tendo como ferramenta de trabalho à utilização de questionário padronizado com questões objetivas aplicadas a população para posterior compilação e análise dos dados referentes aos objetivos do estudo. A amostra foi constituída por 200 entrevistados, escolhidos de forma aleatória.
RESULTADOS:
Os resultados evidenciaram que 108 pessoas entrevistadas são do sexo masculino, o que representa 54% do total, 92 entrevistados são do sexo feminino e correspondem a 46 %. Dentre os entrevistados 7,5 % apresentam o ensino fundamental, 36% apresentam o ensino médio completo, e 8 % ensino superior. É interessante observar que 93,3% dos entrevistados que apresentam ensino médio e superior e 96,9% que representam a ensino fundamental, conhecem ou tem algum nível de informação sobre essa doença. Para 29% do total de pesquisados essa doença era totalmente desconhecida, já para outros 71% o termo AVE tornou-se evidente por vivenciarem essa experiência em familiares próximos. Destes, 33,5% afirmaram que os parentes apresentavam fatores de risco acentuado como hipertensão em 81% dos casos, diabetes em 48,5%, sedentarismo com 44,5%, em seguida etilismo apresentando 43% e tabagismo com 38,5%.
CONCLUSÃO:
Pôde-se observar que a maioria dos entrevistados teve algum nível de informação sobre AVE, mesmo que superficial. Observamos que o nível de escolaridade não influenciou no conhecimento sobre o Acidente Vascular Encefálico. Podemos observar ainda que os familiares acometidos pelo AVE apresentam fatores potencialmente condicionantes e que podem ser modificáveis. Assim, se faz necessário promover ações políticas de saúde de forma educacional para que dispusessem de condutas eficientes como, por exemplo, um programa de detecção precoce dos fatores de risco potenciais, através de campanhas continuadas de esclarecimento sobre a patologia incluindo a conscientização e prevenção.
Instituição de Fomento: PROBEX / PROBIC - Universidade Potiguar
Palavras-chave: AVE, Escolaridade, Mossoró.