62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
APRENDENDO MATEMÁTICA COM MÁGICAS E BRINCADEIRAS.
Silvia Regina Pereira de Mendonça 2, 1
Enne Karol Venancio de Sousa 1
1. Depto. De Matemática, Instituto Federal do Rio Grande do Norte - IFRN
2. Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM - Regional - RN
INTRODUÇÃO:
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação ocorrem mudanças no comportamento da sociedade. Essas transformações também se refletem no processo educacional. O interesse por aulas cuja metodologia baseia-se em exposição oral e tem como único recurso o quadro de giz torna-se praticamente impossível. Este trabalho baseia-se na perspectiva de dar ao lúdico e às atividades criativas diferenciadas um papel de destaque no processo ensino-aprendizagem da matemática, tornando às aulas mais agradáveis e produtivas. Certas competências e habilidades importantes ao desenvolvimento pessoal e a aprendizagem podem ser encontradas em inúmeras atividades. Desta forma, este trabalho partiu de experiências bem sucedidas que abordam a importância de paródias, mágicas e brincadeiras variadas nas aulas de matemática, enfatizando diversos conteúdos como raízes quadrada e cúbica, área de figuras planas, assim como brincadeiras e mágicas que propiciam o desenvolvimento do raciocínio lógico, ressaltando tanto o papel do professor, quanto das atividades e suas especificidades.
METODOLOGIA:
O presente trabalho foi desenvolvido no segundo semestre do ano de 2009, em turmas do Ensino Profissionalizante de Jovens e Adultos (PROEJA) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, Campus Santa Cruz. Foram apresentadas "mágicas matemáticas", como, por exemplo, a resolução de raízes quadrada e cúbica exatas por um processo rápido e prático. Foi realizado, além disso, um concurso de paródias com conteúdo matemático, no qual os alunos trocavam as letras de músicas conhecidas por conteúdos matemáticos e apresentavam em forma de festival. Realizamos, também, gincanas em sala de aula, abordando os conceitos matemáticos em tarefas desenvolvidas em grupo.
RESULTADOS:
Os efeitos negativos do ensino da Matemática são antigos e foram gerados a partir de um ensino desvinculado da realidade de quem aprende. Desse modo, entendemos que se faz necessário um trabalho voltado para superar essas dificuldades. No entanto, para que haja uma mudança de postura da escola em relação ao desenvolvimento do ensino da Matemática, é preciso que se entenda que professor e aluno podem juntos, encaminhar a construção do saber, de modo que o aluno pesquise e venha por meio da descoberta, estabelecer relações entre conceitos e estruturas matemáticas que serão apreendidos. Nesse caso o professor torna-se o mediador para que esse conhecimento seja incorporado à estrutura cognitiva do aluno. Entende-se que brincadeiras diversas são relevantes contribuições no desenvolvimento da criança, do adolescente e do adulto e que deve ser levado em consideração dentro do contexto escolar sob constante elaboração e reelaboração no seu planejamento, principalmente como recurso didático. Neste trabalho comprovamos que tudo isso pode ser alcançado, pois os alunos demonstraram a aprendizagem de forma agradável e descontraída.
CONCLUSÃO:
Assim, no trabalho ora apresentado consideramos as atividades e reflexões que marcaram esta trajetória educacional, com a finalidade de registrar as experiências significativas realizadas em sala de aula e que motivaram a participação efetiva dos alunos. Além disso, realizamos determinadas atividades efetivando a discussão e troca de experiências. Sabemos que os homens têm a capacidade de agir conscientemente sobre a realidade e que as oportunidades de vivência ampliam essa conscientização. Acreditamos que este trabalho trouxe uma gama de sugestões e questionamentos a respeito dessa visão. Verificamos que os objetivos das atividades foram alcançados, pois os alunos demonstraram mais interesse pelas aulas de Matemática e realizaram todas as atividades satisfatoriamente. Contudo é necessário que o professor tenha conhecimento, segurança, para que mesmo na dimensão lúdica, essas atividades tenham caráter didático, para servirem de base para um trabalho consistente.
Palavras-chave: Ensino e aprendizagem de Matemática , Interação nas aulas de Matemática , Mágicas na matemática .