62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
EFEITO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE JUCÁ (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. (LEGUMINOSAE, CAESALPINOIDEAE).
Diego Vianna Coimbra da Silva 1
Deyvison Andrey Medrado Gonçalves 1
Juan Cardoso de Oliveira 1
Lorena Lira Leite Sabino 1
Luís Carlos Rocha Trindade 1
Otiniel Ferreira Nunes 1
1. Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA
INTRODUÇÃO:
Nos últimos anos vem crescendo a preocupação com a questão ecológica, no que tange a utilização dos recursos naturais para fins de produção de bens de consumo. Este novo paradigma ambiental tem favorecido a utilização de espécies nativas, principalmente para recuperação de áreas degradas e recomposição da paisagem (ARAÚJO NETO et al., 2003). Acompanhando este novo padrão, a demanda por sementes e mudas destas espécies cresce visando atender a necessidade do mercado, no entanto uma das maiores dificuldades é a disponibilidade destes produtos (PINHEIRO et al., 1999). O jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul.) é uma planta com hábito arbóreo e com distribuição por toda a região tropical do Brasil (LORENZI,1992). O substrato apresenta uma grande importância no processo de germinação, pois suas características como estrutura, grau de aeração, capacidade de retenção de água e de infestação por patógenos, influenciam diretamente no desenvolvimento desta etapa de cultivo (POPINIGIS,1977). O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes substratos no processo de germinação de jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul.).
METODOLOGIA:
Sementes de jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul.) foram extraídas de frutos coletados em árvore nativa, localizadas dentro do campus da UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA - UFRA em Belém-PA. Os frutos colhidos foram transferidos para o Laboratório de Sementes da instituição, para serem submetidas a análises. Antes da instalação do teste de germinação, as sementes coletadas passaram por um pré-tratamento, sendo imersas em água destilada por 24h, para quebra da dormência tegumentar. Após o pré-tratamento as sementes foram retiradas da água e secas com papel absorvente, e assim colocadas em caixas plásticas do tipo gerbox contendo os seis substratos: 1- Vermiculita, 2 - Casca de Arroz Carbonizada, 3 - Casca de Castanha do Pará, 4 - Torta de Açaí, 5 - Torta de Dendê e 6 - Areia lavada (testemunha). Cada tratamento possui 4 repetições de 100 sementes cada uma, em delineamento blocos ao acaso. A germinação das sementes foi avaliada diariamente, observando-se a emergência da radícula como critério de germinação (BEWLEY e BLACK, 1994). A porcentagem de germinação foi calculada de acordo com Labouriau e Valadares (1976), dividindo o número total de sementes germinadas pelo número total de sementes semeadas e multiplicando por cem para descobrir a percentagem de germinação.
RESULTADOS:
Os dados quando submetidos ao teste F, no programa STATISTICA 8.0, não apresentaram resultados significativos, sendo assim desnecessária a realização de um teste de média. Verificou-se que os tratamentos não sofreram influência dos substratos na germinação das sementes de Jucá. A maior média de germinação observada foi a do tratamento com vermiculita (86,5%), e a menor média foi a do tratamento com casca de arroz carbonizada (75%). Nos tratamentos casca de castanha do pará, torta de açaí, torta de dendê e areia lavada as médias obtidas, respectivamente, foram 81,7, 85, 83,5 e 79,7%, O coeficiente de variação obtido foi de 11,4%.
CONCLUSÃO:
Os substratos utilizados não afetaram de forma significativa a germinação das sementes de jucá, permitindo assim concluirmos que o jucá é uma espécie que se adapta aos mais variados substratos. Não se sabe o efeito que o pré-tratamento provocou no experimento, devido a não ocorrência de um teste comparativo.
Palavras-chave: Emergência, Influência de Substratos, Propagação.