A agricultura familiar representa uma unidade de produção agrícola onde a propriedade e o trabalho estão fortemente ligados à família, cujo alimento produzido para consumo interno está nas culturas de ciclo curto. O presente trabalho pretende demonstrar a importância da produção de farinha de mandioca nos povoados Boa Vista, Brasília e Urubu Grande, localizados na porção leste do município de Lagarto, região centro sul do estado de Sergipe, onde foram mapeadas 244 casas de farinhas. Metodologicamente, o primeiro passo na organização deste estudo foi o levantamento e fichamento bibliográfico de livros, dissertações, periódicos, artigos, etc,. Foi realizada a pesquisa de campo, entre março e agosto de 2009, quando foram aplicados 50 questionários, utilizando por amostragem, foram também  adotadas técnicas de georeferenciamento,  as principais espécies cultivadas na área analisadas são Caravela Preta, Caravela Branca, Olho de Pombo, Unha, Jaléia e Pangola. Para tanto ao identificar a permanência dos valores nas comunidades rurais estudadas podemos afirmar, diante dos resultados que o trabalho familiar limita fortemente o desenvolvimento comercial de um produto.

Metodologicamente, o primeiro passo na organização deste estudo foi o levantamento e fichamento bibliográfico de livros, dissertações, periódicos, artigos, etc, com o objetivo de estudar a produção literária acerca da produção de farinha de mandioca que serviu para construir a nossa discussão teórica. Em seguida, realizou-se o procedimento da coleta de dados no Departamento Estadual de Desenvolvimento Agropecuário (DEAGRO),Para complementar as informações foi realizada a pesquisa de campo, entre março e agosto de 2009, quando foram aplicados 50 questionários, utilizando por amostragem, além disso, foram realizadas entrevistas nas casas de farinha. Fez-se o mapeamento onde foram adotadas técnicas de georreferencialmento através do aparelho GPS,e fotografamos a área de estudo. Finalizando, foi feito o levantamento quantitativo e qualitativo dos dados permitindo identificar a vida cotidiana dos produtores locais de mandioca da região supracitada. Quando a farinha era apenas para o consumo familiar a mão-de-obra utilizada era estritamente do grupo familiar e atendendia as necessidades da produção local. na escolha da variedade de mandioca a ser cultivada, bem como, as características edafo-climáticas do local do plantio influenciam na duração do ciclo da mandioca.

De acordo com um mapeamento preliminar constata-se que em todos os povoados diagnosticou-se um total parcial de 244 casas de farinhas, dentre essas 211 são de particulares e funcionam ativamente, 23 são comunitárias ativas e 10 são comunitárias desativadas, mostrou-se a principio um norteamento das realidades socioeconômico dos empreendimentos familiares, observou-se também uma concentração de casas de farinhas nos povoados: Açuzinho, Brasília, jenipapo, Açu - velho, Joerana, Caraíbas, Colônia Treze, Luiz freire, Urubu Grande, Araçás gameleiro e Estancinha. Esses povoados são responsáveis por 76% da produção de farinha no município de Lagarto. Contudo, para que as casas de farinhas permaneçam ativas, ou seja, em funcionamento essa matéria prima (a mandioca) que abastece nos primeiro semestre  seguindo até agosto,vem de estados vizinhos como: Alagoas, Bahia, Pernambuco,  Minas Gerais, Goiás e até São Paulo.

Contudo a terra é mais do que um meio de produção, ela representa o controle do processo de trabalho e sua inscrição no cotidiano familiar. Para tanto ao identificar a permanência dos valores nas comunidades rurais estudadas podemos afirmar, diante dos resultados obtidos, que, as características específicas da sociedade rural podem ser vistas em várias esferas, e que a utilização do trabalho familiar limita fortemente o desenvolvimento comercial de um produto, no entanto a introdução de novos elementos, que não apenas os do grupo familiar, propicia a abertura de novos caminhos para a comercialização da farinha da mandioca. Sendo assim é possível analisar a importância da mesclagem de culturas, unindo o tradicional com o moderno, para que ocorra um desenvolvimento econômico, fixando o homem no campo, considerando-se a infinidade de atrativos oferecidos pelo espaço urbano.