62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA DENGUE NA COMUNIDADE SÃO JANUÁRIO II NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE - PB
Rayanne Sales de Araújo Batista 1
Wagner Dantas Cavalcante 2
Daniela de Araújo Vilar 1
Caio César Lopes Belmiro 1
Carolina Medeiros de Almeida 1
Marina Suênia de Araújo Vilar 3
1. Depto. de Farmácia, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, Campina Grande-PB
2. Depto. de Enfermagem, Fac. de Ciências Médicas - FCM, Campina Grande-PB
3. Profa. Msc./Orientadora - Depto. de Medicina, FCM, Campina Grande-PB
INTRODUÇÃO:

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelo Aedes aegypti e possui quatro sorotipos: Den-1, Den-2, Den-3, Den-4. Nesse contexto, foi realizado um estudo com objetivo de investigar características epidemiológicas da dengue e ações preventivas realizadas pelos profissionais de saúde na Comunidade São Januário no município de Campina Grande-PB.

 

METODOLOGIA:

O estudo teve abordagem exploratória com delineamento tipo corte transversal, com abordagem quali-quantitativa. A amostra foi do tipo não-probalística (tomada ao acaso), foram visitados 144 grupos familiares, porém, participaram efetivamente 134, o que correspondeu a 12% da totalidade da população estudada. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário padrão simples com perguntas objetivas referentes ao tema, elaborado especificamente para realização do estudo. O questionário foi aplicado a um indivíduo adulto responsável pelo domicílio visitado, no período de março a abril de 2009, utilizando a técnica da entrevista.

 

RESULTADOS:

De acordo com análise dos dados coletados foi possível verificar que: em 35,8% das famílias confirmaram ter ocorrido casos de dengue em pelo menos um integrante do grupo familiar, em alguns por mais de uma vez, o sexo feminino foi o mais acometido com índice de 60%, e a faixa etária de maior número de registro de casos ficou entre 20-59 anos com 62,9%. Em relação aos reservatórios de água das residências, 43,3% apresentaram focos. Segundo 45,1% dos moradores, a contaminação pelo vírus teria ocorrido na vizinhança, onde 66,1% tiveram a doença pelo menos uma vez e cerca de 49,1% necessitaram de cuidados médicos. As atividades preventivas realizadas pelos profissionais de saúde nessa comunidade se restringem as visitas domiciliares. Foi verificado também que 53,7% da comunidade não realizam os devidos cuidados com o domicílio.

 

CONCLUSÃO:

Dessa forma, foi possível evidenciar que mesmo com um número reduzido de casos de dengue confirmados nas famílias, se faz necessário a eliminação dos criadouros do mosquito existentes e a implementação de medidas preventivas eficientes. A Equipe Saúde da Família deveria intensificar as visitas domiciliares, a busca ativa de novos casos de dengue, como também a realização de palestras educativas com o intuito de mobilizar e conscientizar a população local para a prevenção constante da dengue nessa localidade. Para modificar a atual situação da comunidade São Januário e prevenir futuros surtos epidêmicos de dengue é necessário e indispensável o envolvimento da população e da equipe de saúde local.

Palavras-chave: Dengue, Ações preventivas, Mobilização social.