O experimento foi realizado no laboratório de Cultivo de Alimento Vivo e Maricultura do Departamento de Oceanografia e Limnologia (DEOLI) da UFMA. Os rotíferos foram obtidos e isolados da barragem do Bacanga e mantidas no laboratório, para fins experimentais. As microlagas utilizadas na alimentação de rotíferas foram Scenedesmus subspicatus e Spirulina maxima. As duas espécies em forma de biomassa seca. A levedura comercial Saccharomyce cerevisiae obtida de uma loja comercial e a ração fermentada foi preparada a partir de ração comercial. Os rotíferos foram cultivados em recipientes plásticos transparentes cilindro-cônico com volume útil de 1L, Uma pedra porosa foi colocado no centro de cada recipiente, forneceu aeração constante, a cultura foi deixada baixo fotoperíodo natural sob uma mesa.   O experimento foi conduzido em delineamento completamente casualizado com 5 tratamentos os alimentos utilizados (T1= Scenedesmus subspicatus; T2= Spirulina maxima; T3= Saccharomyce cerevisiae; T4= Ração para peixe fermentada e T5= Sem alimento) e cinco repetições para cada tratamento. Após de fazer á analise estatística nos ensaios em que o ANOVA denotou diferença significativa, foi aplicado o teste de Tukey (p<0,05), para estabelecer as diferenças significativas entre as interações.

A maior população de rotíferas obtidas foi com a microalga Senedesmus subspicatus com uma media populacional de 377,6 organismos/mL e a menor população foi a do controle (sem alimento) com uma media populacional de 1,4 rotíferos/mL no décimo dia de contagem. As populações de rotíferos não apresenta diferencia significativa entre os alimentados com Scenedesmus subspicatus e Spirulina máxima e estes apresentando diferença significativa (p<0,01) com os demais tratamentos. Os rotíferos alimentados com Saccharomyce cerevisiae apresentaram diferencia significativa (p<0,01) com os alimentados com ração para peixe fermentada e os não alimentados (grupo controle) assim como entre os rotíferos alimentados com ração para peixe fermentada e os do grupo controle. O tipo de alimento afeta a estrutura da população de B. plicatilis, culminando em significativas diferenças na taxa de crescimento (KOSTOPOULOU et al., 2006). Essas diferenças também foram observadas por COSTA et. alt., (2008), observando que a taxa de crescimento foi superior quando os rotíferos eram alimentados com Culture Selco® que proporcionou uma taxa de crescimento mais elevada que as microalgas, as quais resultaram em valores negativos

O uso de biomassa seca das microalgas Scenedesmus subspicatus e Spirulina máxima, Saccharomyce cerevisiae e ração para peixe fermentada podem ser usadas como alimento de B. plicatilis, apresentado bom crescimento populacional quando comparado com outros trabalhos. A maior população de rotíferas obtidas foi com a microalga Senedesmus subspicatuso, onde obteve elevada media populacional.