62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
RESPOSTA DA DEFICIÊNCIA HÍDRICA SOBRE A CONCENTRAÇÃO DE AMÔNIO LIVRE EM FOLHAS DE ANDIROBA.
Rodolfo Inácio Nunes Santos 1
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Monyck Jeane dos Santos Lopes 1
Flavio José Rodrigues Cruz 1
Andréia Alves Erdmann 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Dr. Orientador.
INTRODUÇÃO:
A andiroba (Carapa guianensis AUBl.), é uma árvore cujo óleo, extraído da semente, possui propriedades medicinais com potencial comercial e se destaca entre os óleos tradicionais no norte do país. É uma árvore das mais cotadas em toda a Amazônia, devido à eficácia do óleo contra edemas provocados por pancadas, uma vez que diminui os inchaços do local atingido. Na indústria, o óleo é utilizado para manufatura de velas, xampus, sabonetes e repelentes. A disponibilidade de água no solo limita intensamente o crescimento e desenvolvimento das espécies vegetais em várias regiões do mundo, e em regiões de baixa pluviosidade do Brasil. Uma planta capaz de obter mais água ou que tem maior eficiência no seu uso resistirá melhor à seca. Por estar intimamente ligada ao metabolismo do nitrogênio, a concentração de amônio em certo período de estresse pode aumentar, proveniente da oxidação da glicina com o aumento da fotorrespiração e, também ocorrer a diminuição da concentração de amônia devido a menor taxa de fotossíntese, inibindo a atividade da redutase do nitrato. O objetivo do trabalho foi verificar a resposta da deficiência hídrica sobre a concentração de amônio livre em folhas de andiroba.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), foram utilizadas plantas de andiroba (Carapa guianensis Aubl.), cultivadas em vasos com 0,45 m de altura por 0,18 m de diâmetro, com substrato composto de três partes de terra e uma parte de areia lavada, sobre uma camada de 0,02 m de pedras britadas, sendo feita a adubação necessária. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em fatorial 2x3 (condições hídricas x três épocas), com 5 repetições, formando 30 unidades experimentais. As plantas permaneceram em casa de vegetação durante 45 dias para fase de aclimatação sendo irrigadas diariamente com água. Após este período as plantas foram submetidas a 0, 15 e 30 dias de restrição hídrica. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Foi verificado através dos valores um aumento do teor de amônio de 46,73% aos 15 dias de tratamento e, redução de 8,0198% nas plantas submetidas a estresse hídrico de 30 dias de tratamento, com variação de 3,9672 e 3,838 (plantas irrigadas) para 5,8212 e 3,5302 (plantas não irrigadas) mmol de NH4+/kg de MS.
CONCLUSÃO:
O estresse hídrico de 15 e 30 dias já são suficientes para provocar significativas alterações de concentração de amônio em folhas de andiroba.
Instituição de Fomento: Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
Palavras-chave: Carapa guianensis, Amonio, Andiroba.