62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
ALIANÇAS ENTRE EAD E FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES - OS DESAFIOS NA PRÁTICA
Maria do Rozario Gomes da Mota Silva 1
1. DTECI - Sec. de Educação de Olinda / SEDO
INTRODUÇÃO:

A utilização das TIC em propostas de formação continuada de professores por meio da educação a distância se apresenta como um importante instrumento de intercâmbio e articulação de conhecimento e informações entre diferentes comunidades virtuais de aprendizagem, demonstrando, dessa forma, seu grande potencial pedagógico. O presente trabalho traz como objeto de estudo a gestão da EAD nos cursos de formação continuada promovidos pelo Departamento de Tecnologia na Educação - DTECI utilizando o Ambiente Virtual de aprendizagem (AVA) e-Proinfo, no período de 2009. Dentro desta temática, optamos por analisar o papel do "tutor" virtual no processo de construção da autonomia para aprendizagem na perspectiva da autoria.

METODOLOGIA:

Os cursos de formação, oferecidos pelo DTECI, estão no âmbito do Proinfo/MEC e têm como cerne a proposta de explorar a modalidade de EAD, na formação dos professores, de modo a facilitar com maior flexibilidade a participação desses profissionais nesse tipo de formação, possibilitando a apropriação e/ou intensificação do uso das TICs na educação. Em 2009 oferecemos 7 cursos, sendo 2 de extensão, com 40 e 120 horas, abordando o uso das TIC na Educação; 1 curso de 32h sobre tutoria virtual, para os multiplicadores; 1 curso de experimentação do e-proinfo; 1 experimental na administração do e-proinfo; 1 introdutório para o curso de 120h e o último para discussão e sistematização dos projetos e ações do DTECI. Ao analisarmos a gestão dos cursos em EAD, procuramos promover o diálogo entre a importância da tutoria virtual e o êxito desses cursos, propiciando uma maior segurança do tutor, compreendendo melhor a natureza e a relevância da EAD nos dias atuais. Para isso, procuramos refletir a respeito das características e possibilidades de ensino e aprendizagem em AVA, suas características pedagógicas, tecnológicas, possibilidades e limitações. Discutimos também sobre as diferentes estratégias de tutoria em EAD e do perfil e funções do tutor on-line.

RESULTADOS:

Chegamos a conclusão que os AVA possuem características tecnológicas específicas, que podem garantir ao estudante em EAD, o sentimento de telepresença. Neste tipo de ambiente, para que a aprendizagem ocorra, é preciso que se ofereçam atividades criativas que favoreçam ao participante, obter informações preciosas para a construção do conhecimento, estimulando-o a querer saber mais através de aprendizagens significativas. Em EAD a auto motivação do aluno e a gestão da sua própria aprendizagem contribuem para a construção da sua autonomia como aprendiz. Seu êxito vai depender, antes de tudo, de sua determinação, organização e esforço pessoal. É importante também motivar o estudante de modo que seja possível desenvolver as diferentes habilidades dos outros estilos de aprendizagem. Assim, a gestão da EAD deve facilitar o desempenho do participante, promovendo tanto a sua permanência no curso, como o êxito de aprendizagens significativas. Deve-se também exercer um controle contínuo do curso, facilitando a comunicação e oferecendo uma retroalimentação pertinente e apropriada. O tutor deve atuar como um facilitador, competente, confiante, tolerante, dinâmico, organizado, prudente e detentor do saber pedagógico, criativo e reflexivo.

CONCLUSÃO:
Com este estudo, conseguimos promover uma maior reflexão sobre a importância da Gestão da EAD e do papel do tutor nos cursos a distância, no intuito do aprimoramento da nossa prática nos cursos de formação continuada em AVA. Ao desenvolvermos cursos em AVA, não podemos perder de vista o desejo de se aprender e o como se aprende; com definições de modelos de aprendizagem a se seguir.  Não podemos perder de vista também, que o papel do tutor é de orientar, controlando e dirigindo a atividade cognitiva do participante, conduzindo-o ao desenvolvimento da autonomia. No que se refere à aprendizagem, o tutor deve promover a aprendizagem colaborativa e interativa, deve ser receptivo e fazer intervenções quando necessário e favorecer atividades que estabeleçam relações entre os conteúdos do curso, as propostas de trabalho e as experiências pedagógicas dos participantes. Quanto ao tutor e a tecnologia, este deve ter domínio da informática, pois se utilizará dela o tempo todo para mediar a aula virtual, através da comunicação. Daí a necessidade de contar com uma comunicação escrita que seja capaz de transmitir idéias claras, instruções precisas, estímulos apropriados e sentimentos adequados a vida acadêmica
Palavras-chave: Gestão em EAD, Tutoria Virtual, Autonomia para Aprendizagem.